Bom pessoal,
Nessa última semana fomos para
Ishigaki, Okinawa. Uma das últimas ilhas do Japão, próximo a Taiwan. Ficamos
uma semana completa lá. De domingo a domingo. Nunca tinha ouvido falar de
Ishigaki mas depois de pesquisas descobri que aqui é o caribe japonês. Nunca
fui no caribe mas se as praias forem tão bonitas quanto as daqui, não sei
porque ainda não fui.
Assim que chegamos fomos
informados de que um tufão estava se aproximando e que na terça e na quarta não
seria possível fazer praticamente nada (o tufão foi na China com pequenos
reflexos em Ishigaki). Todas as praias estariam fechadas para banho. Na segunda
fomos então direto para a praia mais bonita para não perder a oportunidade.
Sabe-se lá como será esse tufão. Kabira Bay é uma praia onde não se pode tomar
banho e a principal atração é um passeio de barco com chão de vidro
para se ver os peixes e corais. Até então nunca tinha visto tanto peixe e de
tantas cores. E o que todos querem ver é o Nemo (ou Nimo como os japoneses
falam), o peixe palhaço. Depois fomos para Yonehara onde tem um camping. Como
não tinha uma sombrinha se quer na praia nem tomamos banho. Almoçamos e ficamos esperando
o horário do ônibus. Os ônibus não são muito frequentes (a ilha é grande) mas são extremamente pontuais. Então é só se programar. Uma curiosidade, o preço do
ônibus depende do ponto que você subiu e em que ponto você vai descer. Ao subir
você pega um ticket (ou ticketô em japonês) e existe um painel eletrônico
informando o preço, a cada ponto os valores se atualizam.
Na terça fomos para a praia do
Hotel ANA, próximo a cidade mas ela já estava fechada para banho. Fomos então
para o supermercado nos abastecer e aguardar a melhora do tempo. Na terça e
quarta o tempo fechou, choveu e ventou bastante. Mas foi só. Na quinta o tempo
já estava bom novamente e fomos conhecer a Sunset Beach, uma pequena praia com
poucas pessoas e bem distante. As praias aqui são quase selvagens, com nenhuma
(ou pouca) estrutura, algumas tem rede de proteção contra água-viva e apenas
uma loja/restaurante/afins. Ali pode-se alugar guarda-sol, boia, snorkel, pé-de-pato,
almoçar etc. Nunca paguei tão caro por um guarda-sol: US$ 20,00. Passamos o dia
na praia.
Na sexta fomos para outra praia
recomendada, a Sukuji Beach. Ainda na estação de ônibus conhecemos um senhor
japonês (tiozinho), que estava hospedado no mesmo hostel e ia para a mesma
praia. Ficamos conversando de tudo um pouco e a uma hora de viagem passou
rápido. Ele mora em Tóquio e é representante de uma confecção que usa tecido
de bambu, nunca tinha ficado em hostel. Ele misturava o inglês com o japonês e com mímicas e caretas
conseguimos ter uma conversa muito agradável. E ai a Raquel conseguiu resgatar
várias palavras em japonês que ela aprendeu quando criança mas tinha esquecido.
A praia era muito bonita com boa estrutura (coisa rara) e bastante sombra, mas
a profundidade do mar era igual a de uma piscina infantil. Por causa disso,
algumas pessoas se ariscaram em tomar banho além da rede de proteção. E o
tiozinho foi queimado por uma água viva na mão. Ele lavou a mão, passou uma
loção que tinha disponível na praia e também gelo. Passamos o dia na praia. À
noite saímos para jantar e no primeiro restaurante que paramos para ver o
cardápio demos de cara com o tiozinho japonês. Ele nos convidou para jantar
junto com ele e aceitamos. Aquele era um restaurante que provavelmente não
entraríamos pois tinha poucas fotos no cardápio. Só entramos em restaurante com
fotos. Tem que pelo menos saber o vai comer. E ele pediu tudo que queríamos: o
pepino goia, famoso da região, tofu, rámen, lula frita, porco com abacate,
peixe frito, sashimi e claro, sake. Todos os pratos foram divididos entre todos, menos o meu rámen. Conversamos a noite toda até o restaurante fechar. Na hora
de pagar ele disse que a conta era dele e que somente na próxima vez, no
Brasil, nós poderíamos pagar. Ele foi muito gentil, explicou tudo que queríamos
saber, curiosidades, melhores comidas de cada lugar, tudo. No final ainda nos
agradeceu pela companhia e pelo belo dia. Nós é temos que agradecer. E muito.
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Sunset Beach |
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Sukuji Beach |
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Ilha particular e 1° local de mergulho |
À noite, eu e Raquel saímos para jantar. Pedimos de tudo um pouco como na noite anterior e bebemos cerveja. Foi caro mais foi uma excelente despedida. No dia seguinte seguimos para Fukuoka, nossa última cidade no Japão.
O que tem em Fukuoka? Não sei, só
sei que é mais uma cidade do Japão com restaurante para todo lado, fácil
acesso, ruas limpas e muitas lojas. Tem tudo que tem um Tóquio só que bem
menor. Não visitamos nada, apenas restaurantes. Foi nossa despedida
gastronômica do Japão. Ficamos apenas um dia inteiro e consegui cumprir uma
obrigação e satisfazer dois desejos. A obrigação era fazer meu exame de sangue
periódico prometido ao Dr. Fábio. Feito. Os desejos eram ir em um Onsen e comer
muito sashimi. Almoçamos em um restaurante de esteirinha e no final do dia
fomos para o onsen, a sauna japonesa. Não sabia nade de como me portar num
onsem e a Raquel me informou apenas na entrada: tomar banho antes de entrar nas
“piscinas”. Ok. E o banho era sentado num banquinho de frente pra parede com
sabonete e shampoo disponível. Ok. No Japão, QUASE como os japoneses. Levei
minha sunga e não fiquei nu como todos os japoneses. Devia ter ali uns 40
japoneses nus e eu. Não me intimidei. Fiz cara de ocidental que não tá entendendo nada e
segui apesar dos olhares. São vários ofurôs comunitários ou individuais com água
em torno de 40°. Muito legal. Na próxima vez faço serviço completo. No jantar
fomos em um restaurante que é uma barca e você pesca o próprio peixe. Muito bom. Recomendável. Pesquei um peixe e pedimos meio sashimi e meio frito com arroz, tofu e
outras coisinhas. E claro, Sake. Fechamos com chave de ouro nossa etapa no
Japão.
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Restaurante em Fukuoka |
Valeu.
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