Estamos em um ano sabático para conhecer o mundo e a nós mesmos. Para isso manteremos nossos olhos, mentes e corações atentos e abertos por onde estivermos. Toda semana faremos um relato do que passou e por onde passamos. Como tudo na vida tem dois lados, serão duas visões sobre os mesmos momentos.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Efharistó

A Grécia tem mais de 200 ilhas habitadas que são divididas em regiões. Santorini e Milos ficam na região Cíclades ao sul do Mar Egeu. Do lado oeste do continente tem as ilhas Jônicas, sendo Kefalonia a maior delas.

Decidimos atravessar todo o continente para ver se o que diziam dessas ilhas, que tinham as praias mais bonitas do Mediterrâneo, era verdade.  

Kefalonia é uma ilha grande. Bem grande. As distancias não podem ser percorridas de quadriciclo, entre uma praia e outra são em média 30 Km. Diferente das outras ilhas que podíamos ir de praia em praia no mesmo dia, aqui escolhe-se uma para passar o dia. Nenhum problema, já que todas são maravilhosas, de areia ou de pedra, não importa, todas tem o seu azul do mar.

A ilha é um dos lugares que nos força a usar todos os adjetivos do azul para classificar as cores do mar. Estávamos nós dois contemplando o mar quando perguntei para o Lucio que cor era aquela e ele respondeu “azul celeste cor de manteiga”. Ãhh?? Depois dessa, desisti de dar cor ao mar e só curti as paisagens incríveis bem na minha frente. 

Visitamos a Gruta Melissani, uma caverna onde a parte superior desabou há centenas de anos permitindo a entrada do sol. A luz do sol em contraste com a água cristalina cria uma visão sensacional. 

Gruta Melissani

Minha grande expectativa era a praia de Myrthos conhecida pelo azul fosforecente. Tivemos só a visão de cima, porque a estrada estava fechada para reforma. Uma pena. Nos “contentamos” com outras 2 belíssimas praias, Antisamos e Petani.

Myrthos

Petani

Nossa ultima cidade na Grecia foi Atenas, uma cidade arrumadinha, fácil de andar e de fazer turismo. A grande atração é a Acrópole, onde tem o Partenon e o Erecteion, bem conservados, impressionam pelo tamanho e pelos detalhes que ainda persistem no que restou dessas antigas edificações.

Nós 2 no Partenon

Andando pela cidade, é comum se deparar com várias ruínas de grande significado na história. Visitar ruínas é um interessante exercício de imaginação. Você vê uns cotocos no chã com uma placa “casa clássica”. Humm... dá-lhe criatividade para colocar uma casa clássica no lugar. 

No ultimo dia na Grecia senti um clima de fim de festa, algo que já estava na hora de acabar, mas eu ainda não sabia se estava pronta para deixar. Passamos 34 dias no país, entre as mais belas praias, diversos pôr do sol, paisagens deslumbrantes, ruínas muito, mas muito antigas e monastérios suspensos. Foi bem especial, tivemos um bom overview do país. Efharistó (obrigada em grego).

Terminamos aqui nossa primeira fase da viagem, o lado ocidental, a parte fácil. De maneira geral, não tivemos problemas com a comunicação nem com os costumes. Nenhuma dor de barriga nem situação de emergência. Passamos despercebidos no meio de outros turistas. Iniciamos agora nosso caminho pela Ásia, nunca estivemos tão longe de casa. A expectativa é grande, vamos manter nossos corações e mentes abertos para aproveitar cada momento que está por vir. 


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