Uma semana não foi suficiente para conhecer Tokyo. A cidade
tem atrativos que vão da dinâmica dos japoneses no metro às enormes lojas de
departamentos, passando por lindíssimos templos e ruas de comércio com uma
poluição visual e auditiva que nunca vi igual.
Da Tokyo Metropolitan Goverment, em Shinjuku, tivemos uma
visão da cidade lá de cima. O que vimos foi uma cidade de prédios, altos,
grandes e modernos. Tokyo é assim, lembra qualquer cidade grande, com suas
largas avenidas, transporte publico eficiente, facilidades infinitas no dia a
dia, pessoas correndo de um lado para outro.
Passamos por Shibuya para ver o impressionante maior
cruzamento do mundo. São 5 faixas de pedestres que, quando o sinal abre, vira
um formigueiro. O bairro também impressionou pelos grandes outdoors luminosos,
lojas com letreiros luminosos, propagandas luminosas, tudo luminoso. Grande. E
barulhento. É a menina em frente a cada loja anunciando as ofertas com
microfone, é o som alto da outra loja, é a música que toca na rua. Tudo ao
mesmo tempo. Acho que é para compensar o silencio dos japoneses.
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Poluição visual e auditiva de Shibuya |
Outro enorme centro comercial é Akihabara, ruas só de
eletrônicos com lojas que ocupam 7 andares vendendo de tudo. O “Comitê” aprovou
a troca da máquina fotográfica do Lucio que só não saiu mais feliz porque descobriu
que a Nikkon era “made in Thailand”.
Ginza é como a 5 Avenida de NY, lojas chiquérrimas. Não
andamos muito por lá, mas a região valeu pelo restaurante que nos proporcionou
a experiência de comer um verdadeiro shabu shabu. É um prato típico japonês no
qual você cozinha a carne e os legumes na água e, antes de comer, faz um “shabu
shabu” em um dos 2 molhos disponíveis, à base de shoyu ou de gergelim.
O primeiro templo que visitamos foi no Parque Ueno. Foi lá que a mae ensinou a todos o ritual de lavar as maos e a boca e bater o sino. Achei o templo bem bonito, mal sabia o que ainda veria pela frente.
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Nós 5 no Templo da Praça Ueno |
No mesmo dia fomos para Asakusa conhecer o templo mais visitado da cidade,
Senso-ji. Até chegar no templo, você passa por uma rua cheia de lojinhas. Nós 5
nos separamos e combinamos um horário para nos encontrarmos. Os únicos
que conseguiram vencer as lojinhas e ver o templo foram eu e o Lucio. A Ligia,
a mae e o Marques voltaram com várias sacolas de compras nas mãos. O templo
é grande, todo vermelho e cheio de turistas.
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Senso-ji |
Deixamos o templo mais importante de Tokyo, Meiji-Jingu, por
último. Ele fica no meio de um parque, tem um estilo mais antigo, cor de
madeira, imponente. Com menos turistas, pudemos apreciar melhor o espaço, ver
os detalhes, escrever os meus pedidos. Foi a primeira vez que rezei em um
templo, rezei para o meu pai que faria uma operação no dia seguinte e pedi
proteção para todos nós. Senti muita paz.
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Meiji-Jingu |
Desde o primeiro dia falamos em conhecer o Palácio Imperial.
Acabamos deixando para o último dia, justo na sexta, quando o jardim se fecha
para visitas. Acabamos deixando para o final também a visita no mercado de
peixe para ver o leilão de atum. Chegamos às 4h30 da madrugada e os 120
ingressos disponíveis por dia tinham se esgotado às 4h05.
Fizemos um day trip para Nikko que tem um parque com
belíssimos templos. Conhecemos o principal, Toshogu, que na verdade é um
complexo com várias estruturas. Muito bonito, cheio de detalhes e cores. De lá
vem a história dos 3 macacos sábios que significam “não ouça o mal, não fale o
mal e não veja o mal”. Visitamos um templo menorzinho, Futarasan, bem diferente
do primeiro. Mais simples, no meio da floresta, mais tranquilo, mais reflexivo.
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Nós 2 na Ponte da Felicidade em Nikko |
Além das atrações turísticas de Tokyo, nos divertimos
simplesmente pelo fato de estar lá. Ver os japoneses dormindo no metrô, e os
que não estão dormindo, em seus celulares, ver os homens bêbados voltando para casa, ver
que todos vão trabalhar com calça preta e camisa branca, ver que a cada esquina
tem um restaurante e que toda hora tem gente comendo, foram graças para nossos
olhares. Perceber os costumes e rituais, o respeito, a disciplina, a
organização e a gentileza desse povo tem me encantado a cada momento. Estou
cada vez mais convencida que tenho um pezinho nesse país.
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