Bom pessoal,
Chegamos em Hanói no dia 22 de
dezembro a noite e nos hospedamos, por falta de opção, em um hotel de US$
25,00. Era um super hotel fora dos nossos padrões (tinha até café da manhã),
então na manhã seguinte seguimos para outro, próximo, que cobrava US$ 12,00.
Agora sim em casa. O bairro do centro antigo de Hanói (ou Old Quater) é o
destino de todos os turistas. Mas não tem somente turistas não. Existe muita “vida
local” nessa área e lá pode-se perceber as particularidades desse país.
Primeiro aqui existem mais motos do que gente. É inacreditável a quantidade de
motos por todos os lados. E não existem calçadas, quer dizer, existem, mas elas
são utilizadas para estacionar as motos, as pessoas andam pelas ruas desviando
das outras motos, bicicletas e carros. Semáforos existem poucos, mas mesmo os
poucos não são devidamente respeitados. É um caos que funciona. Pra atravessar
a rua é outra aventura porque não é você que vai desviando das motos, são as
motos que vão desviando de você. Como regra básica deve-se andar devagar, em
linha reta (de preferência) e nunca, nunca correr. Desta forma você chega são e
salvo do outro lado. A Raquel uma vez esqueceu de olhar para os dois lados e
foi, levemente, atropelada. O tiozinho da moto saiu rindo e ela também. E aqui se come em qualquer lugar. Durante o dia as calçadas são utilizadas como
estacionamento ou extensão das lojas, e à noite elas viram restaurantes
improvisados com mesinhas e cadeirinhas de criança de todas as cores. A cozinha
às vezes fica do outro lado da rua ou mesmo em um lugar desconhecido e você
quase nunca sabe de onde a comida vem. Esses são os melhores lugares. Sem
nenhuma dúvida aqui comi o melhor Noodles até agora. Hanói é uma loucura. E foi
nessa loucura que passamos o Natal. E para minha surpresa eles até que festejam
o Natal. Mais de 10% da população daqui é católica. Outra surpresa aqui foi
descobrir que eles utilizam o alfabeto romano, mas a pronuncia das palavras é
muito parecida com o Chinês (mandarim). Você consegue ler mas não entende nada.
É o primeiro país em seis meses que utiliza o alfabeto romano. Outra boa
surpresa foi constatar que apesar de todos falarem (outros blogs) que o
vietnamita é chato, “grosso” e mal educado não encontramos ninguém até agora
que chegue sequer perto desta descrição. Eles são simpáticos, hospitaleiros,
dispostos a ajudar e muito sorridentes. Gostei mesmo de Hanói.
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Cidade de Hanói |
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Halong Bay |
Depois do Natal, no dia 26, fomos
conhecer um dos cartões-postais do Vietnam: a Halong Bay. Mas cartão-postal tem
que ter céu azul e não foi isso que encontramos (aqui, the winter is coming). E
Infelizmente essa não é a melhor época do ano para visitar essa baia. O tempo
estava fechado, com uma chuva fina e um pouco frio. O lugar é muito legal e
único mas não posso dizer que foi maravilhoso. Mesmo assim fizemos a
programação completa: dois dias e uma noite no barco. Foi legal. A Raquel até me perguntou se estávamos ficando muito exigentes. Acho que não. É só procurar algumas fotos na internet e comparar com as nossas. Conhecemos no
barco um casal de brasileiros (Ricardo e Gabriela) e um casal de chilenos (René
e Anita). Na volta nos desencontramos e não vimos mais os brasileiros mas o
René e a Anita, nós encontramos no ônibus com destino a Hue. E daí pra frente
nossa programação tem sido a mesma.
Em Hue chegamos às 10 hs, depois de uma viagem de 15 horas mas não fizemos nada nesse dia porque a chuva foi constante, somente depois das 20hs é que ela parou e nos deu uma trégua. Pensei que Hue fosse como uma vila mas é uma cidade grande, bem estruturada e com grande tráfego. No dia seguinte, sem chuva, fomos visitar a Cidadela de Hue que é um complexo de palácios cercado por fossos de água do rio Perfume que passa na frente, construído em 1800, foi quase que totalmente destruído durante a guerra. É como se fosse uma mini Cidade Proibida com partes em ruínas. Depois visitamos o mercado central e voltamos para o centro. Não fomos conhecer as outras atrações da cidade que são: duas ou três tumbas, uma pagoda e outro templo, todos fora da cidade. No dia seguinte fomos para Hoi An, onde passamos o Reveillon. Em Hue não conseguimos nos encontrar com o René e a Anita porque não conseguimos nos encontrar no Facebook, o único contato que trocamos (no Vietnam o acesso é proibido mas dá pra burla). O problema é que como estamos, os quatro, no Vietnam, não é possível adicionar ninguém como amigo. Nos encontramos novamente no ônibus para Hoi An e ai trocamos email e whatsaap.
Em Hue chegamos às 10 hs, depois de uma viagem de 15 horas mas não fizemos nada nesse dia porque a chuva foi constante, somente depois das 20hs é que ela parou e nos deu uma trégua. Pensei que Hue fosse como uma vila mas é uma cidade grande, bem estruturada e com grande tráfego. No dia seguinte, sem chuva, fomos visitar a Cidadela de Hue que é um complexo de palácios cercado por fossos de água do rio Perfume que passa na frente, construído em 1800, foi quase que totalmente destruído durante a guerra. É como se fosse uma mini Cidade Proibida com partes em ruínas. Depois visitamos o mercado central e voltamos para o centro. Não fomos conhecer as outras atrações da cidade que são: duas ou três tumbas, uma pagoda e outro templo, todos fora da cidade. No dia seguinte fomos para Hoi An, onde passamos o Reveillon. Em Hue não conseguimos nos encontrar com o René e a Anita porque não conseguimos nos encontrar no Facebook, o único contato que trocamos (no Vietnam o acesso é proibido mas dá pra burla). O problema é que como estamos, os quatro, no Vietnam, não é possível adicionar ninguém como amigo. Nos encontramos novamente no ônibus para Hoi An e ai trocamos email e whatsaap.
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Cidade de Hue |
Hoi An é uma cidade muito bonita,
tem um pequeno centro antigo no estilo colonial que hoje foi transformado em
área comercial turística e é aqui que estão concentrados todos os restaurantes,
lojas, café e atrações da cidade. A cidade é cortada por um rio e um canal que
traz uma beleza, um charme todo especial. É nesse canal que as pessoas
colocam pequenas lanternas de papelão com velas, o que deixa o ambiente ainda
mais bonito. E aqui, e por causa do réveillon, nós decidimos abrir o caixa-dois
e ficar em um hotel mais caprichado. Foram três noite muito bem dormidas e com
café-da-manhã como nunca vimos nessa viagem. Foi pra tirar a barriga da miséria.
E passeamos muito pela cidade mas também curtimos muito fazer nada no hotel,
dormindo todas as tardes depois do almoço (“só pra descansar um pouquinho”), saindo somente à noite para ver a movimentação. O Réveillon passamos junto com
o René e a Anita no centrinho. Fomos comer em um pequeno mercado com vários restaurantes com
preços bem razoáveis de comida e chopp por 25 centavos de dólar (eles chamam de
Fresh Beer). Pena que exatamente nessa noite choveu um pouco tirando o brilho
da festa que estava programada com palco, música ao vivo, homenagens e contagem
regressiva. Mesmo assim as ruas estavam lotadas e a festa aconteceu conforme
planejado. O estranho foi perceber que apenas os estrangeiros comemoraram a
passagem do ano, com abraços, beijos e desejos de felicidades. Os locais
simplesmente ficaram olhando, observando e depois foram embora. Uns pouco
comemoraram como nós, é verdade, mas muito poucos. Deve ser porque aqui o ano deles só começa em fevereiro,
igual na China. A festa em fevereiro deve ser bem melhor. Ficamos mais dois dias
em Hoi An e aproveitamos para comer algumas coisas especiais que tem por aqui: o
cau lao, um sanduiche e o churrasquinho. Cau lao é o noodles daqui, o sanduiche
é uma bagete média com muitas verduras, folhas, carne e molhos muito gostosos e
o churrasquinho é um set que você mesmo monta: em uma folha de papel de arroz
você coloca todos os ingredientes (folhas, pepino e frango assado na brasa),
enrola e molha em um molho especial com amendoim. Já tinha comido antes no
Brasil, mas essa foi a minha primeira vez na calçada, no melhor estilo
vietnamita. Que venha 2015.
Valeu.
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