Estamos em um ano sabático para conhecer o mundo e a nós mesmos. Para isso manteremos nossos olhos, mentes e corações atentos e abertos por onde estivermos. Toda semana faremos um relato do que passou e por onde passamos. Como tudo na vida tem dois lados, serão duas visões sobre os mesmos momentos.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Turquia: A magia de Goreme e as praias de Antalya

Começamos nosso passeio pela grandiosa Turquia onde vamos ficar por 18 dias visitando 5 cidades. Aqui não são todos que falam inglês, mas a gentileza e a boa vontade tornam a comunicação ainda mais fácil do que se falassem. Sempre com um sorriso, tentam se comunicar por gestos e quando realmente não dá, chamam alguém, ligam para alguém. Também estamos nos esforçando com mimicas e tradutores eletrônicos. E no final, sempre dá certo.

Nossa primeira parada foi Goreme que fica na região da Capadocia. A única coisa que eu sabia sobre a cidade é que tinha o passeio de balão. Mas ela é muito mais que isso, fui bem surpreendida com a beleza única desse lugar que fica em uma antiga região vulcânica onde suas cinzas formaram pedras de fácil escavação. E é claro que o povo de lá foi construindo casas, igrejas e afins, formando várias vilas entre os vales. A visão que temos é de uma cidade de pedras brancas e pontiagudas, lembrando chaminés de fadas, como é conhecida. Até hoje, algumas casas ainda são na pedra, como o caso do nosso hotel.

Goreme e seus encantos naturais
Goreme vista de cima
Nosso hotel, escavado na pedra

Conhecemos também uma cidade subterrânea, a maior entre as 35 que tem na região e que foram abrigos em tempos de guerra. Essa cidade tinha 8 andares, mas só 4 estão abertos para visitação. Em uma profundidade de 85 metros, um labirinto de tuneis estreitos e baixos ligam os diversos andares entre casas, igrejas, estábulos, tumbas. Fantástico ver um modo de vida tão diferente onde as pessoas ficavam meses sem ver o sol, tendo todas as condições de subsistência embaixo da terra.

Para fechar com chave de outro, fizemos o famoso passeio de balão. Acordamos cedo, o motorista nos pegou no hotel às 5 horas da manhã. Chegamos no vale ainda a tempo de acompanhar o enchimento dos enormes balões, com ventiladores e depois com fogo para eles se levantarem. É no vale que todos se encontram, cada agencia com seus balões, cerca de 50. Conforme o dia vai amanhecendo, os balões vão, um a um levantando voo e colorindo o céu. O balão sobre devagarinho, tranquilo e vai sobrevoando as formações rochosas, ora mais perto do vale, ora mais perto do céu. E quando eu percebi que “estava voando” e vendo a paisagem lá de cima, foi que entendi a magia que é andar de balão. Experiência top, sensação inesquecível. 




Na nossa última noite, compramos um vinho da região e uma pide, que é a pizza turca, para comer nas mesas comunitárias do hotel, que ficavam ao ar livre de frente para a lua, aquela que estava quase cheia no deserto, agora sim, estava totalmente cheia. Nada de mais, mas a viagem tem sido feita de pequenos momentos como esses que são gostosos. Ficamos bebendo, conversando... e quando estávamos no último copo, o dono do hotel, senhor que não falava muito inglês, trouxe um prato com cerejas e nêsperas e só disse “wine”. Entendemos que depois do vinho íamos precisar de uns doces para dormirmos felizes... e assim fizemos.

Depois de 3 dias, pegamos um ônibus noturno de 10 horas até Antalya, riviera turca, banhada pelo Mar Mediterrâneo. A cidade tem um centro antigo bastante charmoso e praias para todos os gostos. Conhecemos as duas praias opostas da cidade: Konyaalti, de pedras, a 10 minutos do centro e Lara, de areia, a 45 minutos. Essa última parecia ser mais local, fomos em um feriado da cidade e a praia estava cheia de famílias e grupos de amigos passando o dia na areia e nas churrasqueiras gratuitas que tem no parque anexo à praia. Foram dias para não fazer nada, só curtindo o sol e a água gelada do Mediterrâneo.

Nós 2 e a vista para praia de Konyaalti

Fizemos 1 mês de viagem. Se estivéssemos de férias no conceito convencional, já teríamos voltado. E na verdade, estamos só começando. Temos percebido que a cada dia as coisas vão ficando mais fáceis, mais naturais. Qualquer hotel que ficamos mais de 1 noite já dá para desfazer toda a mala. Estamos ganhando agilidade na tarefa de arrumar a mochila, cada vez achamos uma forma mais fácil de ajeitar as coisas. Nosso “índice de frescura” tem diminuído a cada albergue, estamos aprendendo a lidar com todos os tipos de banheiros e lençóis duvidosos. Nossos receios e medos vão diminuindo, no lugar, mais leveza e desembaraço, permitindo aproveitar mais de cada momento que estamos tendo a oportunidade de vivenciar.

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