Bom pessoal,
Depois de Eilat, Israel, fomos para a cidade de Petra na Jordânia. Tanto para chegar na fronteira como da fronteira até Wadi Mousa (cidade onde está Petra) tivemos que pegar um táxi. No lado de Israel todos são sérios e diretos, sem papo furado. Já do lado jordaniano todos são seus amigos. De infância. O cara do táxi quis vender um pacote para ir para o deserto de Wadi Rum de táxi mas como recusei a oferta ele saiu dizendo que eu não confiava nele, que apesar de todas as referencias, que ele mesmo me deu, eu não acreditava nele e ainda saiu sem cumprimentar após o devido pagamento de 55Jd ou US$75. Melhor assim. Três dia depois fomos para o deserto de ônibus por menos da metade do preço. No meio da viagem de 2 horas nós ainda aceitamos um chá que ele nos ofereceu. Após receber o copo fiquei preocupado com as possibilidades e só bebi mesmo quando chegamos ao hotel. Isso serviu de lembrança para nunca aceitar nada de estranhos. Never more.
Depois do hotel que ficamos em Eilat, o hotel de Petra mais parecia um estábulo. Brincadeirinha. O hotel até que era bonzinho mas não dava pra comparar. Quando reservei o hotel observei principalmente a proximidade com a entrada de Petra: apenas 1Km. Mas ninguém avisou que Wadi Mousa é em um vale e para chegar a Petra (que é no fundo do vale) é só ladeira. Para ir, é ladeira abaixo, mas para voltar foi duro.
No dia que chegamos em Petra estava chovendo (coisa rara por aqui nessa época do ano) e Petra estava fechada para visita. Aproveitamos o primeiro dia para conhecer o centrinho da cidade, o entorno do hotel (ou seja, demos a volta no quarteirão) e para nos atualizarmos de tudo. No dia seguinte, já com sol, Petra estava aberta e logo cedo fomos conhecer uma das 7 maravilhas do mundo. Depois da bilheteria, descemos o vale e chegamos na entrada do cânion onde realmente começa a cidade de Petra. O cânion vai serpenteando os rochedos com altura de 30 a 40 metros e as vezes com largura de 5 metros até chegar ao Salão do Tesouro (principal atração). Todos conhecem o monumento do filme Indiana Jones. Mas o salão é só a primeira das atrações. Para além do salão, descendo ainda mais, agora já num espaço mais aberto, tem uma verdadeira cidade nos penhascos, outros palacetes desenhados nas rochas, um anfiteatro e ruínas de palácios do período romano. E por último, e talvez mais bonito, o Monastério. Esse, além de descer até o fundo do vale ainda temos que subir uma montanha para conhecê-lo. Mas valeu a pena. Desde a bilheteria até o Monastério são mais de 5Km. Só que agora tem que voltar e a volta é ladeira acima, até o hotel. Devagar e sempre. Mas caso você fique muito cansado, existem meios de transportes que por si só já são uma atração aparte: cavalos, jumentos, charretes e camelos estão a disposição de todos. É só escolher e negociar o preço. Mas seja duro na negociação pois eles sabem quanto vale um copo de água pra quem está com sede.
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Cânion |
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Salão do Tesouro |
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Anfiteatro |
No outro dia voltamos a Petra para conhecer o Salão do Tesouro, só que agora pelo alto. Mais ladeira, mais montanha e mais escadas. Subimos o rochedo que fica de frente ao salão. Foto feita, comemos um lanche e voltamos pelo mesmo caminho.
Depois de Petra a outra grande atração da Jordânia é o deserto de Wadi Rum, por onde passou o tenente britânico T. E. Lawrence, mais conhecido como Lawrence da Arábia (o filme é baseado na sua biografia). Mas a principal atração é mesmo o deserto. Diferente do deserto Marroquino, onde só se tinha areia, Wadi Rum mais parece um vale, com muitos rochedos e montanhas de formatos únicos. Me senti como se você estivesse no fundo do mar tamanha a semelhança das formações rochosas. Passamos o dia passeando pelos vales e visitando lugares interessantes. Estávamos nos dois, mais um casal americano e o guia/motorista/cozinheiro. Ele preparou o almoço ali mesmo, numa sombra ao pé de uma montanha, numa fogueirinha feita no chão de areia com raízes secas e gravetos que nós mesmo juntamos. E ficou muito gostoso. Depois visitamos mais alguns pontos de interesse e fomos ver o pôr-do-sol de cima de um rochedo. Um dos mais bonitos que já vi. Até agora.
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Lawrence Springs |
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Deserto de Wadi Rum |
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Pôr-do-sol no deserto |
Essa foi nossa segunda noite no deserto, mas foi uma experiência totalmente diferente do Marrocos. O acampamento tinha banheiro com chuveiro (apesar de ninguém ter tomado banho), tendas individuais com camas, tenda aberta para servir o jantar e outra para a apresentação musical. Se fizermos uma comparação, diria que esse acampamento é 5 estrelas. Só não foi perfeito porque perdemos o nascer do sol por 5 minutos no dia seguinte.
Depois do café, fomos para a fronteira e voltamos para Israel onde passamos a noite e no dia seguinte viajamos para Tel Aviv de ônibus, depois de avião para Istambul e depois de avião para Goreme na Capadócia, onde estamos agora. Foi um dia inteiro de deslocamento. E agora começa a etapa da Turquia.
Valeu.
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