Estamos em um ano sabático para conhecer o mundo e a nós mesmos. Para isso manteremos nossos olhos, mentes e corações atentos e abertos por onde estivermos. Toda semana faremos um relato do que passou e por onde passamos. Como tudo na vida tem dois lados, serão duas visões sobre os mesmos momentos.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Turquia - Capadocia e praia

Bom pessoal,

Merhaba. Chegamos em Göreme na Capadócia já eram mais de 11 da noite. O aeroporto mais próximo fica a 40 minutos de carro e é preciso contratar um transfer pra te levar para o hotel. É barato (10 euros por pessoa) mas tem que contratar com antecedência se não a outra opção é de táxi, mas aí a conta fica mais salgada: 70 euros. No hotel fomos recebido pelo dono, um senhor que de tanto esperar já estava mais pra lá que pra cada, muito atencioso nos levou para nosso quarto, ou melhor, caverna e nos perguntou se queríamos alguma coisa pra beber ou comer. Pedimos apenas chá. Naquela hora, sem jantar e com frio um chazinho caia bem, mas ele além do chá nos trouxe bolo. Maravilha. Pela recepção só podemos esperar o melhor da Turquia. E até agora somente boas surpresas. Nosso quarto-caverna, numa das chaminés de pedra da região, era bem legal. A temperatura praticamente não se alterava independente da temperatura lá fora (a Raquel postou uma foto).

Goreme

Göreme é uma cidadezinha no meio da região da Capadócia e pelo que vi é o melhor local para ficar. Lembra Campos do Jordão. Lembra. Só. Um centrinho cheio de lojas e restaurantes para todos os gostos e bolsos. A conversão do dólar para a lira turca é parecida com o real: 2 pra 1. Assim é mais fácil saber se estamos dentro do orçamento ou não. No primeiro dia ficamos à toa pela cidade nos ambientando ao novo país. Na Capadócia, a grande atração é o voo de balão e já no segundo dia fizemos o nosso. E ele não deixa a desejar. Acordamos as 4 da manhã e deixamos o hotel antes das 5 com destino ao local onde estavam os balões (todos os tour te pegam e deixam no hotel).  Fomos recebidos com chá e biscoitos enquanto aguardávamos nosso balão encher. Os cestos cabem de 12 a 20 pessoas e tinham 3 balões da empresa que contratamos. Depois de encher o balão com ar frio eles começam a colocar ar quente. São 4 tochas apontadas para o meio da abertura do balão que mais parecem aqueles acendedores de fogão gigantes. Depois de algumas instruções, partimos para mais de 40 minutos voando numa tranquilidade que não imaginava. Não se percebe se está subindo ou descendo, não balança, uma suavidade impressionante. E o voo é só contemplação. Contemplação do céu, da geografia inusitada das chaminés de pedra por toda parte, fruto da erosão de milhões de anos, e também dos outros balões. Eram mais de 50 naquele dia. No verão são mais de 100. Subimos a mais de 400 metros, descemos em um vale a uma altura de 10 metros, bem próximo das chaminés de pedra, tocamos no topo de uma árvore, encostamos em outro balão e pousamos em cima do reboque do carro. Uma experiência única. Para comemorar o passeio tomamos champanhe sem álcool e recebemos certificado pra provar (pra quem????) que fizemos.




Mas existem mais coisa para se fazer por aqui. Existem 4 day tour. Classificados por cores o mais procurado é o verde. Nesse tour conhecemos uma cidade subterrânea. Conhecemos apenas 20% da cidade e descemos por tuneis que passam apenas uma pessoa por vez, e muitas vezes temos que nos abaixar bastante para não bater a cabeça, mais de 50 metros abaixo do nível da rua. Lá em baixo existem salas, cozinhas, quartos, igrejas e locais para deixar pequenos animais. Impressionante como eles viviam. O caminho é meio claustrofóbico. Não se sabe exatamente quem construiu os tuneis mas muitos povos durante os séculos habitaram essas cidades (existem outras), às vezes permanentemente e às vezes somente em caso de ataque de inimigos, como proteção. Depois de almoçar, caminhamos por um vale, vimos mais paisagens, fomos a um antigo mosteiro-caverna e conhecemos uma loja que trabalha com pedra preciosas e semi-preciosas. A pedra azul-turquesa com partes douradas no meio, típica da Turquia, é muito bonita e deve ser cara. Nem perguntei.


Mosteiro


Íamos passar 4 noite aqui, mas 3 foram suficientes e nessa mesma noite pegamos um ônibus para Antalya, cidade de mais de 1 milhão de habitantes na costa mediterrânea. Foram 10 horas de viagem. Com excelente acesso de transporte publico, e belíssimas praias, Antalya bomba no verão e no ano passado tornou-se a terceira cidade mais visitada do mundo, segundo o wikipedia (em inglês), com mais de 10 milhões de visitantes estrangeiros (acredite se quiser). A mesma fonte diz que o Brasil inteiro recebeu em 2011 5,4 milhões de visitantes estrangeiros. Sem comentários.

Antalya - Praia de Konyaalti


A cidade tem um belo centro antigo (Kaleiçi) e jardins por toda parte. Conhecemos o centro e os arredores no primeiro dia e no segundo e terceiro foram pra praia. Primeiro para Konyaalti (praia de pedra) e depois para Lara (praia de areia). A primeira é menos visitada e mais próximo do centro, a segunda é popular e fica um pouco mais longe (30 minutos de ônibus). O ponto final do ônibus é o início da praia. Após passar por um parque, tem-se o calçadão e a praia. É a mais frequentada pelos locais, não é muito bonita mas tem bom acesso e boa estrutura. Aliás o parque que fica antes da praia é cheia de churrasqueiras de tijolo (mais de 50), todas públicas, com mesas de madeira e bancos que ficam lotadas. Todos trazem comidas e fazem ali o almoço. De grupos de amigos de todas as idades a famílias.


Rua de Guarda-Chuvas em Kaleiçi (centro antigo de Antalya)

Particularmente estou bem surpreso com o nível de desenvolvimento, segurança e qualidade dos serviços públicos aqui na Turquia. Não sei exatamente porque, mas esperava algo mais próximo do Brasil, só que eles estão bem mais próximos da Europa.

Valeu

2 comentários:

  1. Olááá!!!! Que fotos maravilhosas, pra quem achou que teriam dificuldades em escrever hein???!!! Qd li, parecia que estava com vocês todos os dias, muito bem detalhado...amei!! Boa viagem... animada para o próximo post!!! Um forte abraço.

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  2. Oi Thami. Obrigado pelo comentário. Está sendo menos difícil e bem legal escrever o blog.
    Abraços

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