Tivemos uma passagem rápida pela Jordania para conhecer duas de suas
principais belezas naturais. Foram dias cansativos fisicamente, andamos muito, escalamos pedras e montanhas, mas no final, sempre encontrávamos o pote de ouro
que nos fazia esquecer o cansaço. Ou era uma vista “uau”, ou o melhor pôr do sol
ou uma panorâmica do lugar.
Pela primeira vez atravessamos uma fronteira a pé. O taxi nos levou do hotel até a fronteira do lado de Israel. Feita a burocracia de um lado, andamos alguns metros na terra de Zé Ninguém. Nova burocracia do outro lado, pegamos outro taxi que nos levou até Wadi Musa, cidade que tem o sítio arqueológico de Petra.
Tivemos 2 dias para conhecer essa incrível cidade de pedra. Uma daquelas sensações de “como foi possível construir isso?” A entrada sinuosa entre as pedras gigantes vai criando o clima para nos depararmos com o famoso "Tesouro" do filme Indiana Jones, um monumento que ainda preserva muitos dos detalhes originais. Andamos por toda a cidade, conhecendo a vila, a arena, os santuários e o Monastério. E o mais impressionante é imaginar que ali foi uma cidade há mais de 2.000 anos, com suas casas, praças e igrejas. De fato, uma das 7 maravilhas do mundo.
Depois fomos de tour passar um dia no Deserto de Wadi Run e dormir no acampamento dos beduínos. Esse deserto não é de dunas como o que vimos em Marrocos, ele é de pedras. Sobe aqui, escala aquela montanha ali, dá um pulinho até a pedra... e a cada parada, um “oooohhh” que mostrava a imensidão do deserto. Na hora do almoço, nosso guia parou em uma sombrinha, acendeu uma fogueira e literalmente, cozinhou para o grupo. Ele fez um refogado de tomate, cebola, alho, pimentão, fava e temperos. Acompanhado de pão, queijo fetta, homus e chá. Comida beduína, feita na hora, na nossa frente. Não sei se era a fome, mas comemos até raspar o prato. Terminamos o dia no alto de uma montanha vendo as cores do deserto brincar com o pôr do sol.
Aí chegamos no acampamento, que tinha uma “super” estrutura (tudo depende da referencia, como a nossa foi o Deserto do Saara, esse foi classificado como super). A “casinha” tinha vaso sanitário e chuveiro, com água quente. Tinha gerador que funcionava por algumas horas, jantar em buffet, sala de estar com sofás e cabanas individuais com cama. Nessa noite a lua estava quase cheia e tão forte que mal deu para ver as estrelas. Ah, mesmo com a opção do chuveiro, resolvemos passar a noite de forma beduína e fugimos do banho.
Não conhecemos a cultura e o povo de lá. Fomos para dois lugares extremamente turísticos onde tudo que é feito é para nos atender e proporcionar algum conforto. Posso arriscar dizer que é um povo receptivo, que quer nos receber bem, mostrar o seu país. Algumas coisas ainda são diferentes aos nossos olhos: a língua, a predominância de homens nas ruas, a vestimenta típica, a pobreza (ou a simplicidade), a falta de cores (todas as casas são cor de barro). Nosso guia beduíno nos contou algumas coisas que achei interessante. Todos são “primos”, as famílias são tão grandes, primos que casam com primos, que no final, é mais fácil resumir que todos são primos. Todos são muçulmanos, rezam as 5 vezes por dia, cada um à sua maneira. Eles levam uma vida simples, tem uma dedicação à família, não bebem mas fumam muito. Se divertem com as musicas locais, tocando, cantando e dançando. Ele contou que conheceu a noiva dele na escola e, antes de avançarem na relação, os pais primeiro precisam se entender. Concluiu que essa é a melhor maneira de se relacionar, com a benção da família tudo fica mais fácil.
O prato típico do pais é a mansaf, um cozido de arroz com iogurte e cordeiro. Me deliciei, ainda mais porque o arroz fica meio empapado e me lembrou o “gohan”. A bebida alcoólica aqui também é proibida, no lugar, muito chá de cardamono.
Apesar do pouco tempo, tivemos dias que nos encheram os olhos. Vimos paisagens bem diferentes do que já conhecíamos. E me deu aquele sentimento que escrevi nos primeiros posts: "como o mundo é grande para eu ficar em só um pedacinho dele".
Pela primeira vez atravessamos uma fronteira a pé. O taxi nos levou do hotel até a fronteira do lado de Israel. Feita a burocracia de um lado, andamos alguns metros na terra de Zé Ninguém. Nova burocracia do outro lado, pegamos outro taxi que nos levou até Wadi Musa, cidade que tem o sítio arqueológico de Petra.
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Atravessando a fronteira a pé na Terra de Zé Ninguém |
Tivemos 2 dias para conhecer essa incrível cidade de pedra. Uma daquelas sensações de “como foi possível construir isso?” A entrada sinuosa entre as pedras gigantes vai criando o clima para nos depararmos com o famoso "Tesouro" do filme Indiana Jones, um monumento que ainda preserva muitos dos detalhes originais. Andamos por toda a cidade, conhecendo a vila, a arena, os santuários e o Monastério. E o mais impressionante é imaginar que ali foi uma cidade há mais de 2.000 anos, com suas casas, praças e igrejas. De fato, uma das 7 maravilhas do mundo.
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Nós 2 no Monastério: caminhada/subida de 3 horas ida e volta |
Depois fomos de tour passar um dia no Deserto de Wadi Run e dormir no acampamento dos beduínos. Esse deserto não é de dunas como o que vimos em Marrocos, ele é de pedras. Sobe aqui, escala aquela montanha ali, dá um pulinho até a pedra... e a cada parada, um “oooohhh” que mostrava a imensidão do deserto. Na hora do almoço, nosso guia parou em uma sombrinha, acendeu uma fogueira e literalmente, cozinhou para o grupo. Ele fez um refogado de tomate, cebola, alho, pimentão, fava e temperos. Acompanhado de pão, queijo fetta, homus e chá. Comida beduína, feita na hora, na nossa frente. Não sei se era a fome, mas comemos até raspar o prato. Terminamos o dia no alto de uma montanha vendo as cores do deserto brincar com o pôr do sol.
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Nosso guia preparando o almoço |
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O Deserto, lindo como ele é |
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O melhor pôr do sol |
Aí chegamos no acampamento, que tinha uma “super” estrutura (tudo depende da referencia, como a nossa foi o Deserto do Saara, esse foi classificado como super). A “casinha” tinha vaso sanitário e chuveiro, com água quente. Tinha gerador que funcionava por algumas horas, jantar em buffet, sala de estar com sofás e cabanas individuais com cama. Nessa noite a lua estava quase cheia e tão forte que mal deu para ver as estrelas. Ah, mesmo com a opção do chuveiro, resolvemos passar a noite de forma beduína e fugimos do banho.
Não conhecemos a cultura e o povo de lá. Fomos para dois lugares extremamente turísticos onde tudo que é feito é para nos atender e proporcionar algum conforto. Posso arriscar dizer que é um povo receptivo, que quer nos receber bem, mostrar o seu país. Algumas coisas ainda são diferentes aos nossos olhos: a língua, a predominância de homens nas ruas, a vestimenta típica, a pobreza (ou a simplicidade), a falta de cores (todas as casas são cor de barro). Nosso guia beduíno nos contou algumas coisas que achei interessante. Todos são “primos”, as famílias são tão grandes, primos que casam com primos, que no final, é mais fácil resumir que todos são primos. Todos são muçulmanos, rezam as 5 vezes por dia, cada um à sua maneira. Eles levam uma vida simples, tem uma dedicação à família, não bebem mas fumam muito. Se divertem com as musicas locais, tocando, cantando e dançando. Ele contou que conheceu a noiva dele na escola e, antes de avançarem na relação, os pais primeiro precisam se entender. Concluiu que essa é a melhor maneira de se relacionar, com a benção da família tudo fica mais fácil.
O prato típico do pais é a mansaf, um cozido de arroz com iogurte e cordeiro. Me deliciei, ainda mais porque o arroz fica meio empapado e me lembrou o “gohan”. A bebida alcoólica aqui também é proibida, no lugar, muito chá de cardamono.
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Mansaf de cordeiro |
Apesar do pouco tempo, tivemos dias que nos encheram os olhos. Vimos paisagens bem diferentes do que já conhecíamos. E me deu aquele sentimento que escrevi nos primeiros posts: "como o mundo é grande para eu ficar em só um pedacinho dele".
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