Estamos em um ano sabático para conhecer o mundo e a nós mesmos. Para isso manteremos nossos olhos, mentes e corações atentos e abertos por onde estivermos. Toda semana faremos um relato do que passou e por onde passamos. Como tudo na vida tem dois lados, serão duas visões sobre os mesmos momentos.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O Sabático

Bom pessoal,
Esse negócio de querer juntar todas as férias da vida no mesmo ano, o sabático, surgiu quando fui para a Amazônia (sozinho) em 2012 e fiquei hospedado em uma pousada flutuante na Reserva Mamirauá, cidade de Tefé-AM. Eram 16 hospedes na pousada e eu era o único brasileiro-hospede. Lá conheci um “blogueiro” americano que tinha como vida viajar. Nessa etapa, sua missão era viajar por três meses por toda a região amazônica começando no Suriname, Guianas, Brasil e Peru. E conheci também um casal alemão que estava viajando há 8 meses. Já tinham conhecido a Oceania, África e naquele momento estavam começando a etapa da América do Sul. Depois da Amazônia iriam ainda para o Pantanal, Rio, Foz do Iguaçu e outros pontos na Argentina, Chile e outros. Por falta de vocabulário e timidez não fiz muitas perguntas. Tinha várias. Vocês são ricos? Tem Filhos? Enlouqueceram? Estão doentes? Os 04 dias foram suficientes para sai de lá com esse vírus dos alemães incubado (na mente). Chegando em casa contei a história toda pra Raquel e perguntei: E ai, vamos dá um volta ao mundo? “Vamos”.
Não foi tão simples assim. Tínhamos que avaliar muita coisa: emprego, carreira, filhos, família, patrimônio, futuro. Para começar fizemos dois roteiros: um sentido horário e outro sentido anti-horário a partir do Brasil. Colocamos no papel todas as informações necessárias, lugares imperdíveis, países, cidades, datas, valores de tudo, limite de orçamento etc. No final cometemos um grande erro: colocamos no papel não só o que iriamos gastar mas também o que iriamos deixar de ganhar abrindo mão dos nossos empregos por pelo menos um ano. E ai, desistimos. Se você colocar esse tipo de calculo no papel, você não tira nem férias de 30 dias. É um buraco muito grande em qualquer planejamento financeiro de longo prazo.

Mais de um ano depois, tiramos essa conta da planilha, reavaliamos o tamanho das nossas necessidades financeiras, ponderamos o futuro (incertezas), redefinimos o roteiro, refizemos o orçamento e decidimos: “Então vamos”. Agora sim.

Valeu.

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