Voltamos para a Tailandia para conhecer o norte
do país. Do hotel de Hpa-An, nossa ultima hospedagem em Myanmar, até o hotel de
Pai na Tailandia, foi um longo caminho. Tomamos o ônibus noturno às 19h00 e
chegamos em Yangon às 3h00. Um taxi nos deixou no aeroporto onde dormimos nos
bancos até a hora do avião que nos levou para Bangok. Chegando lá pegamos um
trem local até a estação central. Deixamos nossas mochilas e fomos resgatar o
computador do Lucio que tinha ficado para consertar há 20 dias. E a surpresa foi
que o computador estava do jeito que deixamos, esperando a aprovação do
orçamento, que já tinha sido feita, para iniciar o conserto. Depois de uma
grande irritação, e nessas horas o que já é difícil em português, torna-se mais
difícil em inglês e piora quando o outro lado fala um inglês pior que o seu, a
linguagem universal da indignação e do falar alto fez com que o computador
estivesse pronto em 5 horas, tempo suficiente para voltamos para a estação e pegar
o trem noturno para Chiang Mai. Um trem super arrumadinho, uma cabine com 2
beliches, todas as camas separadas por cortinas individuais, com ar
condicionado e lençol limpo. Tá certo que não teve a mesma graça do trem de
Myanmar, mas o conforto foi incomparável, dormimos como bebes. Às 11 horas do
dia 2 chegamos em Chiang Mai mas ainda não no nosso destino final. De lá
pegamos uma caminhonete até a estação de ônibus onde tomamos uma van de 4 horas
e, após 762 curvas, chegamos em Pai às 17 horas.
Pai é uma cidadezinha tranquila no meio da
montanha. É bastante turística para os ocidentais hippies, para os chineses
(eles estão em todos os lugares) e também para os tailandeses. Existe um clima gostoso
de não se fazer nada por ali, só deixar o dia passar e à noite passear no
mercado de rua que vende de tudo, mas a minha diversão eram as comidas: frango
frito, linguiça com arroz (é bem boa, o arroz é misturado na própria linguiça),
pad thai, shake de manga, panqueca de banana e por aí vai...
Em um dos dias alugamos uma moto e fomos
passear pelos pontos turísticos: uma cachoeira “fraquinha”, um canion que mais
parecia um vale, uma ponte do tempo da 2 guerra que não tinha nada de mais e um
templo com um buda branco que estava sendo restaurado. É, o melhor da cidade
realmente foi deixar o tempo passar...
![]() |
Nós 2 no canion |
![]() |
Canion |
![]() |
Nós 2 de motoca |
![]() |
Buda branco |
Depois fomos para Chiang Mai, apesar de ser a
segunda maior cidade da Tailandia, é bem calma, parece cidade do interior. La, como em Bangok, tem templos a cada esquina, uns maiores, outros menores,
e sempre com monges e locais em seus rituais de oração. O mais bonito foi o Wat Chedi Luang onde pudemos acompanhar uma cerimonia dos monges, todos jovenzinhos, deviam
ter uns 20 anos. O mais grandioso foi o Wat Phra Doi Suthep no alto de uma montanha, todo
dourado, cercado por rituais locais.
![]() |
Cerimonia no Wat Chedi Luang |
![]() |
Rituais no Wat Phra Doi Suthep |
Aproveitamos também as feiras noturnas, tem uma que
rola de segunda a sábado e outra especial no domingo. Fomos nas duas, todas cheias de
bugigangas, arte e comida, para todos os gostos e bolsos.
Em Chiang Mai compramos aquele combinado de
transporte para nos levar até Luang Pragang, no Laos, uma viagem de 3 dias, 2
noites. No meio do caminho paramos para ver o Templo Branco em Ching Rai, muito
bonito e bem diferente de qualquer outro templo que já vimos por aí. Ele foi desenhado por um artista local contemporâneo e apresenta traços bem modernos. Logo na entrada tem um lago cheio de mãos saindo da terra que representa a cobiça humana. Dentro do templo tem a parede do ocidente com desenhos do Michel Jackson, Matrix, Kung Fu Panda, Osama Bin Laden, Torres Gemeas e afins que representam nosso estilo de vida atordoado. E do lado oposto tem a parede do oriente com uma imagem do buda iluminado. Fomos ver um templo e ganhamos de brinde uma arte pop.
Desde a nossa primeira parada na Tailandia
temos ensaiado fazer a massagem tailandesa, até que no penúltimo dia ou
era agora ou nunca mais. E lá fomos nós, a 6 dólares uma massagem de 1 hora.
Trocamos de roupa, deitamos na maca e a massagista veio atrás, subindo na maca
também. E começa, apertando todos os músculos que você sequer imaginava existir,
e faz pressão com os dedos, com o cotovelo, e te vira de um lado, e de outro,
te alonga, te coloca de costas, sobe em cima, te empurra com os pés, puxa aqui,
e depois ali, uns crec crec pra tudo que é lado. Não é exatamente uma massagem
relaxante, tampouco erótica como é conhecida no Brasil, mas saí com uma sensação
de estar novinha em folha.
Foi uma passagem rapida de volta à Tailandia e parece que voltamos para um outro país, com um
turismo mais local, mais religiosa, mais acolhedora e muito mais barata. E assim finalizamos mais um país, nosso recorde de 36 dias no total, conhecendo o melhor desse lugar de belas paisagens com uma facilidade que só a Tailandia tem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário