Depois de Phi Phi fomos passar nossa última
semana de férias na região de Krabi, dividindo nosso tempo entre as ilhas de
Railay Beach e Ao Nang.
Railay é uma ilhazinha com 3 praias
interligadas por um caminho bem fácil de andar. No mesmo dia saíamos da nossa
praia East Beach (que na verdade não é uma praia e sim um manguezal),
passávamos a manhã na West Beach (o lado AA de Railay) e à tarde na Phra Nang
Beach para ver o pôr do sol. Ou vice versa. Apesar da areia ser mais escura,
como a nossa no Brasil, e o mar aberto com ondas, o lugar é de uma natureza
muito bonita.
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Em Phra Nang os restaurantes são nos barcos que atracam de manhazinha e vao embora quando a mare começa a encher |
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East Beach |
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West Beach |
Nossa última parada foi em Ao Nang, praia
de cidade, mais urbana e com mais estrutura. Para fechar nossas férias com
chave de ouro dobramos nosso orçamento nos 3 dias que ficamos lá e aproveitamos
um resort com quarto grande, piscina e todos aqueles mimos que faz tempo não
tínhamos. Amo hotel chique!!! Só não combinou muito conosco, chegando a pé com
as mochilas nas costas e pedindo pelo quarto mais barato que eles tinham.
Mochileiro querendo pagar de bacana...
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Nosso resort... camas separadas, era o quarto mais barato... |
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Nós e em Ao Nang |
Depois de 3 semanas de praia, cerveja e
vida boa, com o corpo e o coração descansados, hora de voltar para nossas
andanças. E começamos por Bangkok, cidade grande, transito como SP, transporte
público ok, um calor de 35 graus e muita coisa para conhecer. Fomos naquele
esquema de transporte conjugado, dessa vez demoramos 17 horas, com direito a
ônibus quebrado de madrugada e um cara que roncou a noite toda, não deixando
ninguém dormir.
Conhecemos os principais templos budistas e
fui surpreendida por uma arquitetura bem diferente do que já tinha visto antes.
Tudo é muito brilhante e colorido, os olhos demoram para se acalmar, são tantos
estímulos que a gente se perde querendo ver tudo ao mesmo tempo. O Palácio Real
é impressionante, um complexo de templos muito bem decorados onde o principal deles
abriga um mini buda feito de esmeralda.
Outra surpresa foi o Wat Pho, o maior e
mais antigo templo da cidade, um complexo com vários budas sendo que o destaque
é para o Buda Reclinado medindo 45 metros de comprimento e o representa no seu
último momento de iluminação, pouco antes da morte. Só para comparação, o
Cristo Redentor mede 30 metros de altura e a Estátua da Liberdade só passou o
buda porque esticou os braços, medindo 46 metros. Por ultimo fomos no Templo do
Amanhecer, todo construído com porcelanas chinesas, riquíssimo em detalhes, muito
bonito.
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Buda Reclinado |
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Templo do Amanhecer |
Fizemos um passeio no Floating Marketing de
Damnoensaduak, hoje muito mais uma atração turística do que mercado de locais.
Mesmo assim eu curti, passemos pelos canais, vimos o comércio na beira do rio
ou mesmo dentro dos barcos e comemos um noodles feito por uma senhorinha dentro
do seu barco.
Continuamos comendo bem e em Bangkok usamos
e abusamos das barraquinhas de rua. Comida muito boa e barata a uma nível de
higiene que nossas bactérias já estão acostumadas. Mas eis que um dia,
procurando um lugar para almoçar, encontramos um restaurante brasileiro que
servia buffet de arroz, feijão preto, farofa, vinagrete e uma mistura de porco
com mandioca. O Lucio ficou parado uns 10 segundos, imóvel, na frente do
feijão, e a única palavra que ele pronunciou nesse tempo foi “feijão”, umas 3
vezes. Fizemos um pratão e matamos saudades de comida brasileira, que realmente
estava no nosso tempero, feita por gente que entende. Até então não sabia como
era boa a sensação de comer a “nossa comida”, ela traz um conforto que a melhor
comida do mundo não consegue traduzir. Foi a nossa refeição mais cara na
Tailandia, quase 30 dolares (sendo que a mais barata foi 3 dolares os dois,
comendo um dos melhores pad thai em barraquinha de rua).
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Matando saudade de comida brasileira |
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Comendo em barraquinha de rua |
Depois de 28 dias já nos sentimos super de
casa. É aquela história, já nos acostumamos com as pessoas, com a moeda, com a
comida, com os do e don’t de cada lugar. Experimentamos uma Tailandia muito
turística, em todas as cidades que passamos o fluxo de estrangeiros ocidentais
era maior que a população local. Encontramos aqui todos os brasileiros que não
vimos nos outros países. Senti falta de me aproximar mais do país, de ter
aquela sensação gostosa de que eu vivi um pouco da história do lugar. Não tive.
Talvez porque estávamos de “férias” nas praias, ou porque os lugares realmente
eram muito turísticos, ou sei lá... praias maravilhosas, comida sensacional,
templos impressionantes... mas que não mexeram com o meu coração. Mas
voltaremos, daqui a 17 dias, para conhecer as cidades do norte. Até breve.
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