Estamos em um ano sabático para conhecer o mundo e a nós mesmos. Para isso manteremos nossos olhos, mentes e corações atentos e abertos por onde estivermos. Toda semana faremos um relato do que passou e por onde passamos. Como tudo na vida tem dois lados, serão duas visões sobre os mesmos momentos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Fim de "férias" na Tailândia.

Bom pessoal,

Semana passada escrevi sobre os últimos seis meses, um pequeno resumo sobre tudo e não falei sobre como foi a semana aqui na Tailândia. Agora escrevo sobre as últimas duas semanas. Saímos de Phi Phi e fomos para Railay Beach, depois para Ao Nang e depois para Bangkok. Railay é uma praia no continente mas parece uma ilha, a única forma de chegar lá é de barco. É um pontão cercado por montanhas rochosas ao norte (que impossibilita a construção de estrada) e com praias dos outros três lados. Ficamos do lado B, ou melhor, do lado leste, mas as praias do sul e oeste são as melhores. São as praias onde você pode ver o pôr-do-sol. No leste não tem realmente uma praia é mais um mangue. Como o lugar é pequeno vai-se de um lado para outro em poucos minutos. Uma tranquilidade só. Ficamos 3 noites e depois fomos para Ao Nang, para mais 3 noites, que fica a 15 minutos de barco. E aqui a estrutura é outra. Como está no continente “de verdade”, tem muito mais lojas, restaurantes, hotéis e movimento. Como tínhamos passado as últimas três semanas vivendo de praia e a praia de Ao Nang não é das melhores, o objetivo aqui era mais curtir o hotel e nos preparar para nossas próximas etapas. Então tiramos férias dos hotéis low cost e abrimos o caixa 2: ficamos em um hotel 4 estrelas com direito a piscina e tudo. Só não deu pra ter café da manhã porque assim também era demais. Daqui, no sábado à tarde, pegamos um ônibus com destino a Bangkok, nossa última parada na Tailândia nessa etapa da viagem. Depois vamos voltar.

Railay Beach




Bangkok é cidade grande, trânsito, metro, tuk-tuk, barraquinhas de comidas e muitas atrações. As principais atrações são: o palácio, o templo do Buda deitado, o mercado flutuante e o rio. O palácio é um complexo de prédio e templos dos mais bonitos que já vi. Os templos têm tantas cores, detalhes, brilho e beleza que eu fiquei até tonto no primeiro momento. O Buda deitado tem quase 50 metros e ocupa todo o templo, também faz parte de um complexo de templos e vale a visita. Mas o rio, pra mim, é o que diferencia a cidade de outras que já fui. O rio é utilizado para tudo: transporte de pessoas, carga, escoamento de produção, abastecimento e turismo. Tem barco de todo tipo e para todo gosto. Utilizamos muito o ônibus-barco. Chegamos no domingo pela manhã e depois de deixar as mochilas no hotel fomos conhecer uma das maiores feiras da região. É como se fosse um mercado central que vende de tudo, desde roupa usada até celular de última geração. Na segunda fomos cumprir nossa obrigação quase constante: tirar visto para o próximo país, no caso Myanmar e consertar, ou tentar, o meu tablet, que quebrou a tela. O visto para Myanmar é muito fácil, mas chato. Você preenche um formulário de uma página, coloca duas fotos, cópia do passaporte e pronto. Mas tem apenas uma pessoa na embaixada para atender todas as 300 pessoas que solicitam diariamente em Bangkok. Perdemos muito tempo. Saí de lá mais de 13:00hs com muita fome. Fomos andando e eliminando os restaurantes que não se encaixavam em nossos critérios, e eram muitos. Continuamos andando e quando achei que a confusão ia começar com a Raquel, porque não encontrávamos nenhum restaurante e fome é uma das coisas que tira ela do sério, encontramos um restaurante com a bandeira do Brasil. Tinha um cardápio na calçada e eles tinham coxinha, rissole, carne e buffet. Quando entramos tinha um buffet com arroz branco, farofa, feijão preto e carne com macaxeira. Feijão preto e farofa? Na Tailândia? Depois de seis meses? Tá de brincadeira! Foi a refeição mais cara que fizemos aqui (o cara “meteu a faca”), mas comi com gosto de saudade. Pra matar a saudade. Se saudade é vontade de ver de novo, acabei com ela. De barriga cheia fomos tentar consertar meu tablet. Estamos no aguardo. Na quarta fomos conhecer o Mercado Flutuante de Damnoen Saduak, são vários canais como se fossem ruas que cobrem uma região inteira do tamanho de um bairro. Bem bonito e interessante, ficamos vendo e movimento e comemos um miojão num dos barquinhos.

Templo do Buda de Jade




Palácio



Ficamos hospedados na região mais badalada de Bangkok: na Kaosan Road. Muitos bares, restaurantes e principalmente muitas barraquinhas de rua com comidas, sucos, frituras e doces. Dia e noite. Bem divertido. Não muito boa foi a sensação que senti quando deixamos a Tailândia porque algumas coisas “sumiram” do nosso quarto. A Raquel percebeu que US$ 200 que ela tinha escondido na bolsa não estavam mais lá e eu, quando cheguei em Yangon, Myanmar e dei conta que não tinha mais meu canivete comigo. Não foi nada demais, mas essas coisas deixam um gostinho amargo em relação a alguns lugares.

O mercado flutuante



o rio

Valeu.


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