Partimos de Santorini para Milos, uma ilha conhecida pelas
formações rochosas e mar azul. Chegamos perdidos na ilha e enquanto pedíamos
informação tentando chegar no hotel, fomos “achados” pela dona, que também
estava à nossa procura, já que o ferry tinha atracado havia quase 1 hora. Lá é
assim, vila pequena onde todos se conhecem e sabem um do outro. Ela falava em
grego conosco como se entendêssemos tudo. E nós falávamos em inglês com ela
como se ela entendesse tudo. No final, entre sorrisos, entendemos o essencial:
que erámos bem vindos.
Milos foi uma delícia, passamos 5 dias vendo todas as
tonalidades de azul do mar. São diversas praias, cada uma com a sua beleza. As
que mais impressionaram foram as de rochas que formam paisagens únicas com a
transparência da água. Em geral não dá pé, é bem fundo, mas dá para ver o fundo
do mar de tão cristalina que é a água.
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Praia de Sarakinito, conhecida pela paisagem lunar |
Em um dos dias o Lucio me convenceu a fazer um passeio de
caiaque. Fomos de dupla, eu na frente e ele atrás. Minha única função era
remar, a do Lucio, além de remar, era de controlar a direção do caiaque. Nunca
tinha entrado em um e minha preocupação era se ele virasse no meio do mar, sem
pé, e eu presa no barco de cabeça pra baixo. Para piorar, o tempo não estava
dos melhores, ventava muito e fazia ondas. Passada a tensão inicial, após administrar
o medo, o remo e o Lucio atrás de mim falando faz isso, faz aquilo, foi um
super passeio. Remamos em 3 etapas de 1 hora cada fazendo 2 paradas em praias
que só se tem acesso pelo mar. O mar é o mais azul que eu já vi, ele brinca
entre as tonalidades de claro e escuro dependendo da profundidade e da
claridade do sol. Um espetáculo para os olhos, e um deleite para a alma.
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Nós 2 passeando de caiaque |
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Mar azul |
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Nós 2 e mais mar azul |
No último dia fizemos um passeio de barco para conhecer a
praia mais famosa da ilha, Kletftiko. Ela fica entre rochas que foram
desgastadas com o tempo formando arcos e cavernas com um mar azul esmeralda. De tirar o fôlego.
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Kletfiko |
Depois de 3 semanas nas ilhas, fomos para o continente
conhecer Meteora e Delphi.
Meteora é uma cidade distante 350 Km de Athenas. Formada por
montanhas rochosas que foram separadas por movimentos tectonicos e esculpidas
durante anos pela ação do vento e da água, são verdadeiros paredões de pedras,
alguns pontiagudos, outros planos. Só isso já seria uma bela paisagem. Mas o
que a torna especial são os monastérios construídos no topo dessas montanhas, à
beira do precipício. Aliás, meteora quer dizer suspenso no ar ou acima do céu.
Fizemos um trekking de 1 dia para conhecer os mosteiros abertos ao público.
Cada um tem o seu charme, uma igreja e um pátio para descanso.
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Monastério suspenso |
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Visão de Meteora |
De lá fomos para Delphi conhecer as ruínas gregas. Fiquei um
pouco desapontada, o sítio arqueológico é bem pequeno, são 3 grandes atrações,
o Templo de Apollo, o Anfiteatro e o Estádio. De qualquer forma, valeu,
principalmente pela vista que se tem do local onde foi construído o Templo de
Apollo.
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Anfiteatro e Templo de Apollo |
Viajar pelo continente de ônibus não é tarefa fácil. De
Athenas se vai a qualquer lugar, mas de outras cidades, são inúmeras trocas de
ônibus e horários duvidosos. As informações oficiais da rede rodoviária são em
grego, não dá nem para reconhecer os nomes das cidades. O jeito foi ir sempre
em frente, sem saber quantos ônibus teríamos que tomar e sem saber que horas
chegaríamos no nosso destino final. De Meteora a Delphi são 3
horas de carro, levamos 8 horas em 4 ônibus. De Delphi a Kefalonia, outra ilha que estamos agora, foram 15 horas, com 3 ônibus e 1 ferry. É, esse é o lado B da vida de viajante...
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