Estamos em um ano sabático para conhecer o mundo e a nós mesmos. Para isso manteremos nossos olhos, mentes e corações atentos e abertos por onde estivermos. Toda semana faremos um relato do que passou e por onde passamos. Como tudo na vida tem dois lados, serão duas visões sobre os mesmos momentos.

domingo, 29 de junho de 2014

Praia, praia e praia

Bom pessoal,

Passamos a semana em Milos e foi maravilhoso. Aqui a grande atração não é o por-do-sol mas sim as praias. São várias e todas tem areia branca (as vezes pedras), água transparente e mar com tons de azul e verde tantos quanto você possa imaginar. Chegamos no meio da tarde, então no primeiro dia fomos apenas almoçar e fazer o reconhecimento de como se faz pra conhecer o restante da ilha. Ficamos na vila de Adamas, onde tem o porto. No segundo dia alugamos um carro para conhecer as principais e mais distantes praias. Primeiro fomos para o sul da ilha nas praias de Tsigrado e Firaplaka. Tsigrado é uma praia de uns 20 metros de extensão em um desfiladeiro tão difícil de chegar que só temos fotos do alto. Enquanto estávamos por lá ninguém desceu. Firaplaka é uma praia de mais fácil acesso e bem extensa, tem até barraquinhas para quem quiser passar o dia por aqui. Mas as melhores praias, com acesso por terra, estão no norte. Seguimos para lá e conhecemos as praias de Pollonia, Parafragas e Sarakiniko, e as vilas de Mandrakia e Foripotamos. Em especial, a praia de Sarakinico é de areia e pedras na cor branco neve. Branquinho, branquinho. E cheia de cavernas. E a vila de Firopotamos é uma típica vila de pescador grega, todas as casinhas são de dois andares sendo o de baixo a garagem dos barquinhos. É a mais cênica de todas.
Tsigrado

Firaplaka
Sarakiniko

Firopotamos

No outro dia resolvemos ir para uma praia mais popular para passar o dia. Íamos de ônibus mas a frequência não é das melhores então depois de pechinchar um pouco conseguimos um quadriciclo de 80cc só para ter mais liberdade. Fomos para a praia de Parachiori. Almoçamos por lá e no final do dia fomos ver o pôr-do-sol em Plaka (capital). Nada comparável com Santorini. Na sexta o mar não estava bom então deixamos o principal passeio para o sábado: a praia de Kleftiko. Mas o que fazer na sexta? Que tal passear por outras praias de caiaque? Isso mesmo, caiaque no mar. Como o mar estava agitado fomos então para outra praia no lado oeste da ilha onde supostamente o mar estaria melhor. Eu e a Raquel fomos num caiaque duplo e foi um bom desafio. Passamos por estreitos de rochas com o mar agitado, paramos em duas praias (uma sem acesso por terra e outra com acesso difícil), vimos todas as cores que o mar pode ter, mergulhamos com snorkel e remamos muito, mas muito mesmo. Depois do almoço (sanduíches), remamos por mais de uma hora e meia até o final do passeio, às vezes contra o vento. A cor da água da última praia era inacreditável. Fiquei muito satisfeito com o tour, foi muito bom.




No sábado pegamos o barco e fomos conhecer o lado leste da ilha que só tem acesso por mar e onde estão as mais belas praias da ilha. O mar ainda estava agitado com muitas ondas o que impossibilitou de pararmos em todos os lugares programados. Mas a praia de Kleftiko não. E passamos o dia todo por lá. A água é de uma transparência que se vê a sombra dos barcos no fundo do mar a mais de 10 metros de profundidade. Visitamos algumas cavernas que no passado serviram de esconderijo de piratas e como era all incluse, bebemos muita cerveja. Na volta passamos por outra praia muito bonita com uma bucólica igreja branca e nada mais.
Kleftiko

Praia da igrejinha

No domingo pegamos o ferry para Atenas, que durou 9 horas, onde dormimos e na manhã seguinte fomos para Kalambaka, mais conhecida como Meteora. As atrações de Meteora são os 6 monastérios construídos no topo de rochas vulcânicas. Antigamente esses rochedos não tinham acesso direto, somente escalando ou sendo içado. As construções datam de 1.300 a 1.500 d.c. e impressionam pela beleza, pela paisagem, pela vista que se tem de lá e também pela engenhosidade das construções. Visitamos todos menos o principal, pois todo dia um monastério é fechado e na terça era a vez do Great Meteora. Mas segundo o dono do hotel não perdemos nada pois a diferença é que nesse, o maior, existe um museu e várias lojinhas mas os outros, menores, são mais autênticos. Saí satisfeito com a observação.
Agia Triada Monastério

Varlaam Monastério
No dia seguinte mais um dia de deslocamento agora para Delphi (foram 8 horas para percorrer um trajeto de 300km utilizando 4 ônibus diferente) onde estão as ruínas do Templo de Apolo, o Santuário da Deusa Atenas e outras coisas. Infelizmente nada que impressiona-se muito. Acho que já vi ruína demais. E hoje, dia 26/06 estamos tentando chegar em Cefalônia (ilha do Mar Jônico entre a Grécia e a Itália) e já são 23:15 e ainda estamos num ferry. O dia foi longo (espero que fotos sejam melhores que o texto).


Valeu.

PS.: chegamos no hotel 01:00 mas chegamos.

Entre o mar e o continente: Milos, Meteora e Delphi

Partimos de Santorini para Milos, uma ilha conhecida pelas formações rochosas e mar azul. Chegamos perdidos na ilha e enquanto pedíamos informação tentando chegar no hotel, fomos “achados” pela dona, que também estava à nossa procura, já que o ferry tinha atracado havia quase 1 hora. Lá é assim, vila pequena onde todos se conhecem e sabem um do outro. Ela falava em grego conosco como se entendêssemos tudo. E nós falávamos em inglês com ela como se ela entendesse tudo. No final, entre sorrisos, entendemos o essencial: que erámos bem vindos.

Milos foi uma delícia, passamos 5 dias vendo todas as tonalidades de azul do mar. São diversas praias, cada uma com a sua beleza. As que mais impressionaram foram as de rochas que formam paisagens únicas com a transparência da água. Em geral não dá pé, é bem fundo, mas dá para ver o fundo do mar de tão cristalina que é a água.

Praia de Sarakinito, conhecida pela paisagem lunar

Em um dos dias o Lucio me convenceu a fazer um passeio de caiaque. Fomos de dupla, eu na frente e ele atrás. Minha única função era remar, a do Lucio, além de remar, era de controlar a direção do caiaque. Nunca tinha entrado em um e minha preocupação era se ele virasse no meio do mar, sem pé, e eu presa no barco de cabeça pra baixo. Para piorar, o tempo não estava dos melhores, ventava muito e fazia ondas. Passada a tensão inicial, após administrar o medo, o remo e o Lucio atrás de mim falando faz isso, faz aquilo, foi um super passeio. Remamos em 3 etapas de 1 hora cada fazendo 2 paradas em praias que só se tem acesso pelo mar. O mar é o mais azul que eu já vi, ele brinca entre as tonalidades de claro e escuro dependendo da profundidade e da claridade do sol. Um espetáculo para os olhos, e um deleite para a alma.

Nós 2 passeando de caiaque

Mar azul

Nós 2 e mais mar azul

No último dia fizemos um passeio de barco para conhecer a praia mais famosa da ilha, Kletftiko. Ela fica entre rochas que foram desgastadas com o tempo formando arcos e cavernas com um mar azul esmeralda. De tirar o fôlego.

Kletfiko

Depois de 3 semanas nas ilhas, fomos para o continente conhecer Meteora e Delphi.

Meteora é uma cidade distante 350 Km de Athenas. Formada por montanhas rochosas que foram separadas por movimentos tectonicos e esculpidas durante anos pela ação do vento e da água, são verdadeiros paredões de pedras, alguns pontiagudos, outros planos. Só isso já seria uma bela paisagem. Mas o que a torna especial são os monastérios construídos no topo dessas montanhas, à beira do precipício. Aliás, meteora quer dizer suspenso no ar ou acima do céu. Fizemos um trekking de 1 dia para conhecer os mosteiros abertos ao público. Cada um tem o seu charme, uma igreja e um pátio para descanso.

Monastério suspenso

Visão de Meteora

De lá fomos para Delphi conhecer as ruínas gregas. Fiquei um pouco desapontada, o sítio arqueológico é bem pequeno, são 3 grandes atrações, o Templo de Apollo, o Anfiteatro e o Estádio. De qualquer forma, valeu, principalmente pela vista que se tem do local onde foi construído o Templo de Apollo.

Anfiteatro e Templo de Apollo


Viajar pelo continente de ônibus não é tarefa fácil. De Athenas se vai a qualquer lugar, mas de outras cidades, são inúmeras trocas de ônibus e horários duvidosos. As informações oficiais da rede rodoviária são em grego, não dá nem para reconhecer os nomes das cidades. O jeito foi ir sempre em frente, sem saber quantos ônibus teríamos que tomar e sem saber que horas chegaríamos no nosso destino final. De Meteora a Delphi são 3 horas de carro, levamos 8 horas em 4 ônibus. De Delphi a Kefalonia, outra ilha que estamos agora, foram 15 horas, com 3 ônibus e 1 ferry. É, esse é o lado B da vida de viajante...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dois meses de estrada


Bom pessoal,

Já estamos a dois meses viajando pelo mundo. Como vocês sabem estavamos em uma das nossas paradas estratégicas para descansar um pouco da correria de avião, ônibus, hotel, restaurante etc. Acreditem isso também cansa. É muito bom, mas também cansa. Com um pouco de rotina, aqui conseguimos viver como em casa. A Raquel voltou a cozinhar e fizemos a maior parte das nossas refeições em casa mesmo. E como bebida é bem mais barata no supermercado que no restaurante, bebemos muito também. Afinal, isso é férias ou não. Fizemos também os planos para os próximos países. Tínhamos apenas o Japão fechado, e basicamente porque estaremos por lá no verão, que é alta estação para o turismo interno e também porque foi preciso mostrar nosso itinerário para tirar o visto. Temos um roteiro mas estamos decidindo agora o que vamos exatamente fazer nos outros países. Mas nessa última semana curtimos muito a nossa casinha em Santorini e também fomos à praia no sábado e no domingo pra pegar um solzinho. Tem que fazer a fotossíntese. E como minha mãe gosta de dizer: "se isso cru é bom imagine assado". Hahahaha. Agora estamos em Milos. Novas praias. Voltamos pra estrada.

Nesses dois meses passamos por 5 países (Marrocos, Israel, Jordânia, Turquia e Grécia), 15 cidades (onde dormimos), e 17 hotéis ou hostel ou tenda ou apartamento (em Eilat e Santorini ficamos em dois lugares diferentes). Além disso passamos duas noites viajando de ônibus (10 horas cada) e outras duas no aeroporto (de Madri e Atenas). Dos 5 países apenas um usa o alfabeto romano, a Turquia. E o próximo país que utiliza o alfabeto romano que vamos visitar será a Austrália em fevereiro do ano que vem. Passamos por várias culturas, principalmente a árabe, lugares muito antigos, ruínas de várias épocas, cidades e construções séculos mais antigas que nosso país, uma maravilha do mundo moderno, Petra, e outra do mundo antigo, Templo de Artemis (esse ficou só na imaginação pois não existe mais nada no local). Conhecemos o Mar Morto, o Mediterrâneo, o de Marmara, o Egeu e o Vermelho. Fomos em vários lugares sagrados para várias religiões e conhecemos povos maravilhosos que apesar das adversidades sempre nos receberam com um grande sorriso.

Comemos muitas comidas típicas por onde passamos: tagine, cuscuz, shawarma ou doner ou girus, dependendo do país, kebab, pide, carneiro com arroz e iogurte, frango, porco, peixe, almondegas, cozidos, grão-de-bico, berinjela (até isso comi), laranja e pão, muito muito pão. Comemos Burger King e Mcdonald também (uma vez cada) e bebemos muito chá preto, puro ou com hortelã (no Marrocos é o melhor), cerveja, vinho, razi e ouzo. Sempre bebida local. Andamos de balão, táxi, camelo, trem, bonde, quadriciclo, avião, ônibus, barco e muito, muito a pé. Enfim, como planejamos, estamos tentando conhecer e viver um pouco como os locais por onde passamos apesar de isso ser praticamente impossível independente do período que se fica em cada local. Visitar é uma coisa, ir para ficar é outra. Mas tentamos.

Estamos aprendemos muitas coisas. Até coisas básicas como por exemplo viajar sabendo o endereço do local onde você vai ficar. Isso é bastante valioso principalmente na hora da imigração. E estamos aprendendo muito um com o outros e um sobre o outro. As formas de pensar, raciocinar, as manias, os rituais, as vontades, os gostos e mesmo depois de 9 anos de casado temos muito o que apender ainda.  Aprendi com a Raquel recentemente duas coisa muito importantes: uma é que tenho que beber água, e além disso também tenho que fazer xixi. Vivendo e aprendendo. Fazer o quê? Já temos até resposta para quando nos enchemos um do outros: "Tá com raiva? É o que tem pra hoje. E pra amanhã também. E depois também". E a viagem segue. E está sendo maravilhoso. Todos os locais, todas as gentes, todos os costumes, todas as comidas, todos os desentendimentos, todos os apendizados.

Valeu.

Comer, beber, viver

Nos últimos dias de férias...

Comemos muito bem...

O churrasquinho grego é o Gyros Pitta, leva recheio de carne de porco fatiada, alface, tomate, cebola, tzatziki (molho de iogurte com alho e pepino) e batata frita. Por menos de 3 euros mata a fome e dá uma mãozinha no orçamento.

Gyros Pitta

Pelos mesmos 3 euros dá para comprar 2 bistecas suínas no supermercado e fazer um almoço completo em casa, acompanhado de arroz, salada e tzatziki, o molho grego que combina com tudo.

Almoço em casa

Bebemos como se não houvesse o amanhã...

Das cervejas gregas, a melhor é a Mythos, com 5% de graduação alcóolica, 500 ml custa 1 euro no supermercado, ou 4 no restaurante, ou 6 na balada. Foram vários packs do supermercado.

Continuamos experimentado os vinhos brancos e descobrimos 1,5 litros por 4 euros de uma das vinícolas mais premiadas da região, a Santo Wines. Dá-lhe vinho.

Mas a bebida famosa da Grecia é o Ouzo, feito a base de anis ou uva, com 40% de graduação alcóolica. O de anis, segundo o Lucio, tem gosto de remédio. O de uva é bem bom. Até descobrir o que é bom ou não, foram algumas garrafinhas.

Bebidas gregas

Vivemos leves, em ritmo de praia...

Praia, pôr do sol, praia, pôr do sol e mais praia... e mais pôr do sol.

Aproveitamos para tirar uma soneca à tarde, acompanhar os jogos da Copa, lavar 100% das roupas, nos desfazer de coisas que não usamos até agora, fazer um balanço do orçamento e planejar nosso próximo bloco de viagem, que inicia em julho na Ásia.

Nós 2...

Foi bom parar, mas também é muito bom voltar a ter novidades todos os dias. Ainda temos muito da Grecia para conhecer... hora de colocar a mochila nas costas e pé na estrada.


Nossos 2 meses

Faz 2 dias o Lucio comentou que iria escrever sobre os 2 meses de viagem. E faz 2 dias que estou pensando sobre o que falar desse período. Foram 5 países e já temos algumas histórias para contar... poderia falar de dados estatísticos, fazer um resumo do que já vimos, listar os perrengues e micos que já passamos... mas de tudo, tenho pensado muito sobre a questão de “escolhas”.

Todo o tempo temos feito escolhas, sobre onde ir, como ir, o que fazer, quanto gastar, como gastar, onde comer, onde ficar. Em uma volta ao mundo, não podemos ter tudo, e temos aprendido a abrir mão de algumas coisas para poder ter outras. Cada escolha envolve vontades individuais e do casal, ganhos e perdas. Apesar de parecer ser um processo natural, afinal fazemos escolhas o tempo todo e nem percebemos, não é fácil, e não é instantâneo.

Fazer escolhas sozinha é uma coisa, em dois, é outra história... tudo precisa ser conversado e acordado. Eu e o Lucio conversamos o dia todo, se não é por palavras, é por gestos e expressões. Precisamos estar conectados, na mesma “vibe”, tem dia que sim, tem dia que não. Brincamos que só temos um ao outro, “é o que tem para hoje, e para amanhã e para depois também...”

Ainda faço cara feia quando ele não concorda comigo. E quero morrer quando ele tem razão... logo passa. Escolhemos estar aqui, escolhemos fazer as escolhas... e isso tem sido um baita aprendizado.

De braços abertos



quinta-feira, 12 de junho de 2014

Um Domingo Qualquer

Bom pessoal

Quando estamos em São Paulo, em casa, nossos domingos são geralmente para fazer nada. Às vezes vamos no parque do Povo ou Ibirapuera para correr ou vamos andar de bicicleta pela manhã na ciclofaixa, voltamos antes das 12hs e ficamos em casa o restante do dia bebendo cerveja, comendo linguiça, almoçamos as 16hs e vamos dormir. Foi o que fizemos aqui no último domingo. Tirando a parte de correr ou andar de bicicleta. Afinal estamos "em casa".
Vista do nosso quarto
Santorini é uma ilha do Mar Egeu, entre a Grécia e a Turquia. É na verdade a cratera de um vulcão ainda ativo, mas sem atividade desde 1.600 a.c., em formato de meia-lua com uma pequena ilha no centro (o vulcão). E foi exatamente essa última erupção (que foi muito grande) que criou a lenda de Atlântida. Ainda não fomos conhece-lo. Na quinta finalmente o sol apareceu e justamente nesse dia resolvemos fazer uma caminhada. De Firestofani até Oia. Segundo a Raquel leu, era pra ser uma caminhada de 1 hora, talvez 2, dependendo das paradas pra fotos. Mas não era bem assim. Demoramos 3 hora e meia pra fazer o trajeto todo e esse é o tempo normal. O guia que ela leu era só para incentivar, pra ninguém desistir sem tentar. Só pode. O caminho é cheio de subidas e descidas e cada canto é mais bonito que o outro. Igrejinhas no meio do nada com suas cúpulas azuis complementam a paisagem rochosa de vegetação rasteira por todo o caminho, quase sempre na beira do penhasco olhando para o mar da caldeira (mar de dentro). Cansativo mas muito bonito. Chegamos em Oia morrendo de fome e paramos no primeiro restaurante que vimos. Fizemos o check list pra saber se dava: 1 - os preços estão dentro do nosso orçamento, Ok e 2 - está cheio, Ok. Então vamos. Aliais, acho que todos os caminhantes param ali pra comer. Todos que vimos na trilha estavam por lá. Não ficamos para ver o por-do-sol de Oia nesse dia. Voltamos para Firostefani de ônibus e vimos de lá o por-do-sol.


Igreja no caminho para Oia

Cartão Postal de Oia
Na sexta ficamos em casa também, mas dessa vez resolvendo os roteiros da Grécia, depois de sairmos de Santorini e também da nossa segunda etapa: Ásia. E no sábado fomos conhecer a praia de Kamari. Essa é outra praia que bomba no verão. Mais estruturada e mais perto de Fira que a outra que fomos, Perissa. Alugamos duas cadeiras com guarda-sol (5 euros) e ficamos o dia todo. Preocupado com os preços do restaurante que também é dono das cadeiras, perguntamos se poderíamos sair, só para dá uma volta, e voltar para nosso lugar. E o rapaz falou: "claro, vocês alugaram para o dia todo. Podem sair, andar, almoçar e voltar. E podem até deixas suas coisa na cadeira, só pra garantir o lugar". Ai sim. Assim fizemos e saímos pra comer um Pork Girus com cerveja. Bem mais barato e muito bom. Voltamos, dormimos, acordamos e já era hora de volta pra casa. Nesse dia não vimos o por-do-sol.

Na segunda fomos novamente para Kamari só que agora ficamos na areia mesmo. Colocamos as toalhas na areia preta, quente e ficamos por umas duas horas feito carne-de-sol no varal. Tem que pegar uma corzinha também, né? Já pensou voltar com o bronzeado escritório? Nesse dia o Fabiano e a Juliana chegaram em Santorini mas não nos encontramos. Marcamos para o dia seguinte alugarmos dois quadriciclos e passear por toda a ilha. Foi muito bom. Fomos a lugares que não tínhamos ido, vimos novamente (só que agora com sol) a praia vermelha e Perissa, fomos degustar vinho na Santo Winery e finalmente, como quase todo mundo da ilha, fomos ver o por-do-sol em Oia. Estava lotada. Um dia completo. Faltou só o dia ser mais longo pra aproveitar mais ainda. 


Por-do-Sol em Firostefani

O mais bonito por-do-sol (até agora)
Na quarta formos novamente para Kamari, no esquema "Carne-de-Sol no Varal" e voltamos pra almoçar em casa. À noite recebemos o Fabiano e a Juliana pra jantar. A Raquel preparou o prato principal (lombo no molho de tomate com pimentão vermelho), compramos charutinho de uva, patê de berinjela, iogurte e pão. Bebemos mais de duas garrafas de vinho da ilha e eles ainda trouxeram sorvete de sobremesa. A noite foi longa. Hoje eles estão indo pra Atenas e nós ficamos mais um pouquinho por aqui.  


Red Beach

Valeu.

PS.: olha só quem também curti uma bela paisagem:





O melhor pôr do sol em Santorini

Continuamos de férias das férias...

Nessa semana de vida boa, mesclamos alguns passeios com a curtição de ficar em casa como se todos os dias fossem domingos.

Em uma tarde preguiçosa de céu nublado, fomos conhecer duas vinícolas na vila de Megalohori. Na verdade fomos beber vinho porque pulamos o bla bla bla de todo o processo de cultivo das uvas e fabricação dos vinhos e fomos direto para a degustação. Santorini é grande produtora de vinhos e os brancos são os melhores da ilha. Apesar de não sermos muito fãs dos brancos, temos experimentado vários e eles realmente são especiais. Já tomamos vinho de 1,5 litros por 2 euros e de 750 ml por 15 euros. É claro que tem as diferenças, mas como dizem, o que torna o vinho bom é o momento e a companhia, então, todos tem sido premiados.

Depois de 2 dias nublados, apareceu o sol e fizemos uma caminhada da vila de Fira, onde estamos, a Oía, a última vila da ilha. Tínhamos lido que era um trekking de 1 a 2 horas, dependendo do ritmo de cada um. Fizemos em 3h30! Mas valeu a pena, a paisagem é linda durante todo o percurso. Paramos em vários pontos só para admirar a paisagem. Chegamos cansados e famintos, paramos no primeiro restaurante que apareceu, cheio de trekkers, para uma cervejinha com comida grega. A volta foi de ônibus, em 15 minutos.

Nós 2 no caminho Fira a Oía

Nós 2 em Oía depois da caminhada

Nos outros dias de sol, fomos para a praia de Kamari, a 20 minutos de ônibus, bem movimentada, com boa estrutura, pousadas e restaurantes. Também de areia preta, boa para passar o dia sem fazer nada. Tem sido nossa praia preferida, pela proximidade e estrutura que oferece.

Nessa semana encontramos novamente a Juliana e o Fabiano, dessa vez com mais tempo. Passamos 2 dias juntos, nos divertindo. No primeiro dia, alugamos o quadriciclo e saímos pela cidade, das 10 da manhã às 10 da noite. Fomos para a ponta sul da ilha, em Faros, para mais uma vista “uau”. Depois passamos pelas praias Red Beach, Vlyhadas, Perivolos e Perissa, onde paramos para almoçar. À tarde fomos em outra vinícola fazer degustação de vinho e terminamos o dia vendo o pôr do sol em Oía, um espetáculo que atrai todos os turistas da ilha com direito a aplausos no final. No outro dia nos encontramos para ver o pôr do sol em Fira e depois jantamos em casa. Foi uma visita muito gostosa, um casal de boa, leve e que sabe se divertir. Obrigada pela companhia e por fazer parte do nosso sabático.

Nós 4 no pôr do sol em Oía

Temos comido mais em casa do que fora. Estava com saudades de cozinhar, escolher os ingredientes, pensar nas combinações de pratos. Coisas simples, com ingrediente locais e cerveja à vontade.

Almoço em casa: salada grega e frango

Nosso único compromisso desses dias é procurar o melhor lugar para ver o pôr do sol que se põe às 20h40. DIzem que o melhor é em Oía. Acho que tem controvérsias...

Pôr do sol em Fira

Pôr do sol em Oía

Pôr do sol da Pedra entre Fira e Oía, caminhadinha de 40 minutos


E as férias continuam...

quarta-feira, 4 de junho de 2014

AVISO SOBRE COMENTÁRIOS

Caros.

Alguns amigos tentaram postar comentários em nosso blog mas nós não conseguimos ver. É um pouco complicado postar no blog. É necessário logar no Google, escolher um perfil etc. Eu achei complicado.

Mais fácil é acessar nossa página no facebook e postar os comentários lá. Segue abaixo o caminho da nossa página: Dois Lados da Mesma Viagem.

https://www.facebook.com/pages/Dois-Lados-da-Mesma-Viagem/1393756590898150?ref=hl

Valeu.

Lucio e Raquel
DLMV

Lar Doce Lar

Bom pessoal

Programamos nossa viagem por etapas e dentro de cada etapa temos um momento de parada onde ficamos mais de 2 semana no mesmo local. Pra descansar. Chegamos a nossa primeira parada estratégica: em Santorini, na Grécia. Aqui, alugamos um apartamento de 60m2 (sala com sofá e cama, quarto, banheiro, cozinha e terraço), onde podemos nos sentir em casa, fugir um pouco de restaurantes, cozinhar, beber cerveja mais barata, tirar tudo da mochila, rever se alguma coisa que nós trouxemos não é só peso morto (sai do Brasil com minha mochila pesando 14 Kg), e também aproveitar melhor o lugar. Ver o pôr-do-sol mais famoso da Grécia (várias vezes), conhecer todas as vilas da ilha, ir pra praia sempre que tiver sol... Férias do sabático.


Sala do apartamento
Em Istambul, desde o último post, ficamos mais 2 dias. Na Sexta, depois de um jantar maravilhoso na quinta, com direito a vinho, sobremesa e café, fomos almoçar no espírito "Na Turquia, como os Turcos": sanduíche de peixe frito, com cebola e alface, na beiro do cais. Custou R$ 6,00 cada. A cozinha é em um barco e as mesas e banquinhos ficam no pier. Se quiser acompanhamento de picles é só comprar na barraquinha em frente (R$ 2,00). Booommm, boomm, bom, não foi. Mas valeu. Nessa noite fomos comer uma pide (pizza esfirra) e voltamos para o hotel. No sábado, nosso dia de viagem, recebemos nossa primeira visita (que também será a segunda): Fabiano e Juliana. De férias, eles vão conhecer a Turquia e a Grécia (onde nos encontraremos novamente). Nos encontramos em frente a Hagia Sofia e fomos caminhando até um restaurante de cozinha otomana que gostamos. Eles estavam praticamente sem dormir depois de uma viagem de mais de 15 horas e com uma diferença de fuso de 6 horas em relação ao Brasil. Mas estavam firmes e fortes, com o espírito e olhos atentos, dispostos a conhecer tudo. Conversamos de tudo um pouco, demos algumas dicas, comemos picolé e fomos caminhando até o Grand Bazar. Lá nos despedimos, pois eles tinham muitas coisas pra conhecer e nós tínhamos um voo para a Grécia. Foi rápido mas foi muito bom revê-los. Obrigado pela companhia e principalmente pela disponibilidade. Nos vemos em breve em Santorini.
Grand Bazar
Seguimos para o aeroporto e de lá para Atenas onde fizemos conexão para Santorini. Chegamos antes das 7 da manhã. Sabíamos que o hotel só estaria disponível a partir do meio-dia mas nossas preces foram ouvidas e tinha um quarto disponível: com duas camas de solteiro. Nessa altura do campeonato isso era o que menos importava. Eram só dois dias. Queria mesmo era dormir deitado e não mais sentado. Quando decidimos fazer nossa parada estratégica aqui, reservei com bastante antecedência o apartamento, mas durante a viagem, em Israel, decidimos chegar dois dias mais cedo e então reservamos um hotel bem próximo para os dois primeiros dias. Por coincidência as donas do hotel e dos apartamento são irmãs e isso facilitou nossa transferência de um para o outros, também antes da hora prevista. Estamos todos em família.

E já se foram 3 dias por aqui. No primeiro dia fomos andar por ai. Estamos "morando" entre as vila de Fira (capital) e Firostefani. São 600 metros até o centro de Fira e 100 metro até o centrinho de Firostefani. Conhecemos a região andando pelas ruazinhas, e diferente dos "turistas normais" que procuram lojinhas de artesanato, joias e afins, nós procurávamos supermercados, lavanderias, padarias, farmácias etc. Almoçamos em um restaurante com vista para a caldeira e a noite comemos um Girus: churrasquinho grego para os íntimos. Nunca comi um desses no Brasil mas nessa viagem já comi vários (em Israel, na Turquia e agora o original, na Grécia). Muito gostoso, saboroso e vale por uma refeição. Mas até agora o do Israel é o campeão. No segundo dia alugamos um quadriciclo para poder conhecer toda a ilha. Fomos até a praia vermelha que na verdade é mais preta que vermelha. Fomos também para a praia de Perissa (onde tudo acontece no verão), almoçamos peixe e lula com cerveja, e no final do dia fomos para Oia (lê-se Ía) de onde se vê o melhor pôr-do-sol de toda a ilha. Isso se tiver sol. O dia não estava dos melhores, muitas nuvens, sem sol, vento frio, cara de praia em São Paulo no inverno. Mas estamos em Santorini, então mesmo um dia feio é um dia bom. Oia, por exemplo, é a vila mais bonita, chique e fotogênica que já conheci até hoje. É simplesmente magnífica. 


Fira

Firostefani
Quando chegamos aqui e andamos um pouco vimos que Fira é uma vila Classe A. Queríamos encontrar o lado B da cidade para poder comprar nossos mantimentos. Então fomos pra Firostefani e Imerovigli e descobrimos que ali a classe é AA. Muitos hotéis com piscinas exclusivas por suíte, borda infinita e vista para o pôr-do-sol. Então fomos para Oia. Ali a classe é AAAAAA. Poderia colocar mais alguns As sem medo de errar, mas ficaria repetitivo. Ali para cada lado que você olha é um flash. Acho que não existe lado B nessa ilha. Mas tem Carrefour.


Oia

Oia
No terceiro dia fomos para nosso apartamento. E é realmente uma casinha com tudo que se tem direito. Na verdade é último andar de uma casa de três andares onde a dona mora no térreo (abaixo do nível da rua), existe um apartamento no primeiro (no nível da rua) e o nosso. E é aqui que vamos passar os próximos 15 dias. Como o dia estava pior que o anterior, fomos apenas no supermercado comprar comida e bebida e voltamos. Saímos somente a noite para passear um pouco. Hoje o tempo continua feio e frio. O que fazer? Que tal visitar vinícolas? É o que tem pra hoje. Amanhã tem mais. E depois também. E depois também.

Valeu.

Santorini: uma casinha para chamar de nossa!

Quando ainda estávamos na nossa rotina de trabalho em São Paulo, tínhamos uma “wish list” das próximas férias, e passar 1 mês nas ilhas gregas estava entre as primeiras opções. Cá estamos, para passar 34 dias na Grécia, sendo os primeiros 18 em Santorini, em um apartamento para chamar de “nossa casa”.

O apartamento é um sobradinho e nós estamos no 2 andar. Tem 60 m2, quarto, sala, cozinha, banheiro e varanda. O programaço do dia foi fazer compras no supermercado e cozinhar. Parecíamos duas crianças, encantadas com a situação de ter uma rotina por alguns dias.

Esse é o primeiro pit stop da viagem, ele foi planejado para descansarmos da correria que é a vida de turista e termos tempo para absorver tudo que já vimos e vivemos. Não vamos precisar arrumar mala, mudar de hotel ou planejar roteiro, enfim, estamos de “férias das férias”.

E que férias... Santorini é tudo que todo mundo fala: casinhas brancas com cúpulas azuis, rodeadas de flores, em um desfiladeiro com o melhor pôr do sol do mundo. Ninguém fala do vento, um ventinho chato e frio o tempo todo... na verdade, no meio de tanta beleza, ele quase passa despercebido.

Caminhando em Santorini

Vista da Caldeira

Já no segundo dia, alugamos um quadriciclo para conhecer a ilha. Foi bem legal, passar o dia no motorzinho de 100cc subindo e descendo morros. Conhecemos a Red Beach, como o nome diz, é uma praia que tem um paredão de pedras e areias vermelha. Ela é a mais bonita, fica mais distante e não tem estrutura de barracas e restaurantes. Depois fomos para as praias Perivolos e Perissa, uma ao lado da outra, de areia preta. Lá é bem movimentado, tem vários restaurantes e hotéis. Terminamos o dia na famosa Oía para ver o pôr do sol, mas o tempo estava nublado e, ao invés do sol, nos encantamos com a vila, toda fotogênica, como manda nossa imaginação quando pensamos em Santorini.

Nós 2 no quadriciclo

Red Beach

Vista de Oía
Ainda temos várias coisas para conhecer, mas como estamos de férias, vamos aos poucos, saboreando ao nosso ritmo, tranquilos e despreocupados.