De Katmandu para Namche Baazar
(de 1.400m para 3.440m)
Chegamos na terça e no final do
dia fomos conhecer a agencia que contratamos (Base Camp Adventure), o dono e
fechar os últimos detalhes do nosso trekking. Foi muito bom e o Shree nos
pareceu um pessoa muito comprometida, fácil de conversar e acessível. É um
jovem empresário que antes já foi carregador, guia e agora é agente de turismo.
Conhece bem as montanhas, nos deu várias dicas e nos passou nosso roteiro
completo. E a primeira dica foi tentar antecipar a viagem para Lukla para
sexta-feira. O melhor era chegar lá o mais rápido possível, pois essa viagem
(30 minutos de avião) é o grande problema para começar o trekking pois muitos
voos são cancelados. Nos outros dias da semana compramos algumas coisas para usarmos
na caminhada, principalmente coisas para nos manter aquecidos e secos. Na sexta
acordamos cedo fomos pegar os sacos de dormir e um jaquetão para o frio que a
empresa nos providenciou, voltamos para o hotel e ficamos aguardando a hora de
ir para o aeroporto. Mas antes das 10 horas a empresa nos ligou e disse que não
seria possível viajar pois o aeroporto de Lukla estava fechado. Fomos então
passear um pouco e conhecer alguns lugares em Katmandu. Conhecemos o bairro de
Thame e fomos até o templo dos macacos. No sábado acordamos cedo e fomos para o
aeroporto, mas nesse dia apenas o primeiro voou partiu para Lukla. Ficamos no
aeroporto até as 13 horas esperando o cancelamento oficial de todos os outros
voos.
Lukla é um vilarejo no meio das
montanhas a 2.860 metros do nível do mar e ponto de partida para todas as
expedições e trekking na região do Everest. As únicas opções para chegar aqui
são de avião ou helicóptero. Ou caminhando por 7 dias. O primeiro sofre
constantes cancelamentos por causa do tempo e o segundo é muito caro. A terceira
opção nem pensar. E Lukla tem um dos aeroportos mais extremos do mundo (pra não
dizer perigoso): a pista é curta, com inclinação para ajudar o avião a parar na
chegada e a pegar velocidade na partida, com um penhasco na cabeceira da pista
e um paredão no final dela e com operação apenas visual. E esse é o grande problema
de tantos atrasos. Se houver uma só nuvem no caminho do pouso eles não voam. E
quem toma a decisão final, quem tem o poder de fazer ou cancelar os voos são os
pilotos. O governo aprovou isso e as empresas não podem fazer pressão. Isso nos
deixa mais tranquilos em relação a segurança.
No domingo seguimos novamente
para nossa rotina: aeroporto, esperar e voltar para o hotel. Na segunda-feira
seguimos novamente para o aeroporto e os voos estavam partindo e ficamos
esperançosos. O cara da empresa que estava nos acompanhando nos disse que nosso
voo tinha sido definido. Depois disso seguimos para o check-in. Maravilha. Mas
não tanto. Pegamos nossos tickets e fomos para o salão de embarque, trinta
minutos depois entramos no ônibus para ir até o avião e quando chegamos no
avião o comissário nos pediu para esperar. Nesse meio tempo, de 5 minutos,
começou a chover. Mas pensei, o que importa não é o tempo em Katmandu mas em
Lukla, se lá estive ok então ok. Vinte minutos depois ele voltou, pedindo
desculpas, e disse que o voo iria atrasar pois o aeroporto de Lukla estava
fechado. Voltamos para o salão de embarque e ficamos esperando até as 15:00
quando eles decidiram cancelar o voo. Pegamos nossa mochila e fomos para o
estacionamento aguardar o Shree, o dono da empresa. Durante todos esses dias no
aeroporto, um guia da empresa estava conosco. Ele não era o nosso guia mas se as
coisas continuassem atrasando, poderia ser. Na verdade o casal que ele ia guiar
já estava na montanha. E o nosso guia também. Enquanto esperávamos no
estacionamento, o cara da empresa do avião passou por nós e disse que o
aeroporto tinha sido reaberto e que poderíamos voar. Voltamos correndo para
dentro do aeroporto, fizemos o check-in novamente e embarcamos no avião. Um pequeno
avião para 20 pessoas com uma fila de cadeiras de cada lado e cabine do piloto
aberta. Deu para acompanhar todo o voo. A tela do radar do piloto era do
tamanho do meu GPS. Partimos para um voo de 25 a 30 minutos que durou 50. O
piloto fez várias voltas para desviar de grandes nuvens no caminho e quando
chegamos no vale ele aprumou o avião mas depois saiu para a esquerda. Quando
olhei para ver o que estava acontecendo, vi uma pequena nuvem exatamente na
cabeceira da pista. Era tão pequena que mais parecia uma bola de algodão. Mas
aqui, sem visão total da pista, nada feito. O piloto então deu uma volta no
vale, tentou novamente e nada. A nuvem continuava lá. Ele então deu outra volta
no vale agora um pouco mais longa. Fizemos um passeio grátis pelas montanhas,
passando próximo dos paredões, subindo, descendo e fazendo curvas. Parecia que
estava num filme, a montanha estava logo ao lado, pra mim não mais de 20 metros
mas deveria ser um 200. Mas eu só ficava pensando: “será que vamos voltar para
Katmandu nessa altura do campeonato?”. Depois de voar pelas montanhas ele
voltou para o aeroporto e a nuvem tinha ido embora. O pouso mais pareceu que
ele tinha caído na pista. E como tudo tem que ser muito rápido pois ele tem que
voltar para Katmandu, o desembarque e embarque não durou mais que 5 minutos.
Sem tempo nem para fotos, pegamos nossa bolsa e encontramos com nosso guia e o
carregador. Nisso já eram 5 da tarde e pelo programa teríamos que caminhar mais
3 horas até a vila onde iríamos dormir. Como não tínhamos almoçado ainda paramos
em Lukla para tomar uma sopa e para conversar e conhecer melhor com o nosso guia,
o Jwala e o nosso carregador, o Manish. Os dois nos ajudaram muito nessa aventura. Não faria o trekking sem um guia e não conseguiria sem um carregador. Saímos de lá já eram mais de 5:30, então decidimos andar até que tudo
ficasse escuro e no outro dia tirar o atraso. Andamos mais 40 minutos e paramos
em uma Tea House, como eles chamam as pousadas aqui. Trocamos de roupa,
jantamos e fomos dormir. O outro dia seria longo.
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Caminho até Namche |
Acordamos cedo, tomamos café e
seguimos para caminhar e tirar o atraso do dia anterior até a cidade de Namche
Baazar. Caminhamos por mais de 7 horas, saindo de uma altitude de 2.650m até
3.440m. Mas esse não foi o problema, o problema é que durante o caminho você
sobe e desce várias e várias vezes. E quando seu destino final é mais alto que
o seu local atual, qualquer decida é um tormento. E o Jwala nos informou que esse
é um caminho plano nepalês. Se não houver várias subidas e descidas de 100, 200
metros de desnível muito provavelmente você não está no Nepal. Cruzamos várias
vezes o rio no fundo do vale por pontes suspensas por cabos de aço e com piso
de metal vazado que dava para ver o rio abaixo. E a última tinha uma altura de
mais ou menos uns 300 metros. Não parei nem para bater foto. Uma japonesinha
que vinha atrás da gente vinha agarrada no guia sem conseguir olhar para lado
nenhum. Não, não era a Raquel, era outra japonesinha, uma de verdade. E depois
da ponte, começou a parte mais difícil do trajeto, subida até Namche, talvez
uns 400 metros de desnível. Foi duro, muito duro e foi apenas o segundo dia.
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O Jwala fazendo graça em uma das pontes |
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A ponte mais alta do vale |
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A ponte mais alta do vale vista de baixo |
Chegue em Namche muito cansado e
com bastante frio, já era fim de tarde e estava chuviscando. As Tea Houses são
pousadas bem simples, sem calefação nos quartos e muitas nem na sala de jantar (a
nossa não tinha) e todas com tabela de preço adicional para “artigos de luxo”
como: internet, energia para recarregar baterias e banho quente. A temperatura
deveria estar abaixo de 10º com certeza. Trocamos de roupa e o Jwala nos disse
que não tinha banho quente pois o aquecedor era solar e não tinha feito sol
naquele dia. Ok, então tá então. Tomamos banho de gato, com toalhinha umedecida
e fomos jantar. Além de andar sempre devagar, cada um no seu ritmo, sem pressa,
o Jwala nos alertou ainda no primeiro dia, que as coisas mais importantes para fazer o
trekking sem problemas em relação ao mal da altitude são: beber bem (água),
comer bem e dormir bem. E eu respondi: “então tá fácil”. Até agora estamos sem
problemas. No dia seguinte era dia de aclimatação, ou seja, não vamos a lugar
nenhum. No roteiro diz que é um dia de descanso mas não é bem assim. Para
aclimatar, o melhor a fazer é subir ainda mais e depois voltar para dormir em
uma altitude menor. Então no dia do descanso subimos até o topo da cidade, uns
400 metros de desnível, visitamos um hotel luxuoso que tem por lá e voltamos
para almoçar. Durante a tarde fomos conhecer o centrinho da vila e tirar
algumas fotos. As crianças aqui são bem desinibidas e posam para tirarmos
fotos. Tinha um que não parava quieto correndo para todo lado enquanto a mãe
lavava roupa no riacho no meio da vila. Era tão pequeno que acho que não batia
no meu joelho, moreninho, com o nariz escorrendo, cabelo lambido, ficou no meu
caminho não me deixando passar. Fiz uma graça com ele mas apareceram várias
cabras e ele ficou mais interessado nelas, tentando pastora-las. Não tinha
nenhuma cabra menor que ele. Uma graça. Depois disso comemos um bolo de
chocolate e voltamos para o hotel para tomar nosso primeiro banho desde que
saímos de Katmandu, jantar e dormir.
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Dia de descanso. Subindo a montanha com Namche bem abaixo |
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O menino e as cabras |
De Namche a Lobuche (de 3.440 a
4.910 metros)
Saímos cedo de Namche com destino
a Tengboche (3.860m) que era quase na mesma altura que subimos no dia anterior
para fazer a aclimatação. Mas o caminho foi bem mais difícil. Pra chegar lá
temos que descer 350 metros até o rio para depois subir 750 metros, além de
algumas partes “planas”. Nesse dia criei o meu mantra para ritmar os passos nas
horas de caminhada: “1, 2, 1, 2”. Poderia ter aproveitado o momento para ter um
mantra mais poderoso como: “eu, posso, eu, posso”, ou “eu, consigo, eu,
consigo”. Ou até mesmo um mais egocêntrico como: “sou, foda, sou, foda” ou “lin,
do, lin, do”. Mas o “1, 2, 1, 2” resolveu meu problema e quando não dava para
ser mais rápido, ele ficava: “1..., 2..., 1..., 2...”. Chegamos em Tengbuche às
14:30, almoçamos e depois fomos conhecer o monastério que é a única atração da
vila. É um monastério bem grande e naquele momento era hora dos monges fazerem
suas preces. Senti muita tranquilidade naquele ambiente e uma sensação muito
boa. À noite fez muito frio mas essa Tea House tinha aquecedor no salão de
jantar. No dia seguinte seguimos para a vila de Dingboche (4.410 metros) onde
ficamos por duas noite para aclimatização e mais um dia de “descanso”. Desde
Namche a Raquel vinha sentindo os efeitos da altitude: dor de cabeça, náusea,
perda de apetite. Nada muito generalizado: a dor de cabeça por exemplo passava
quando ela tomava remédio, o que é um bom sinal de que não é o mal da altitude
mas apenas efeitos colaterais. Mas como ela mesma disse: “tudo parece normal
até que acontece com a gente”. O Jwala, nosso guia, sugeriu tomar sopa de alho
para amenizar os efeitos ao invés de tomar qualquer remédio. Nessa noite até eu
tomei uma sopa com noodles e muito, mas muito alho. E foi aqui que vimos que
são muitos os casos de resgate de helicóptero por causa do mal da altitude.
Nessa vila pelo menos 3 pessoas foram resgatadas para Katmandu naquele dia.
Nada grave, é que o melhor e único remédio é descer para um lugar mais baixo o
mais rápido possível. No dia de “descanso” subimos mais 400 metros e voltamos.
Depois de descansar por um dia, no outro seguimos para Lobuche (4.910 metros).
Foi mais um dia de muito esforço, muito sobe e desce e mais de 6 horas de
caminhada. Eu estava me sentindo muito bem, seguindo as dicas do Jwala: beber,
comer e dormir bem. E para não apressar a Raquel segui o caminho todo sempre no
ritmo dela. Foram quatro dias bem puxados.
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A caminho de Tengbuche |
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Mosteiro |
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As Montanhas |
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O Mosteiro |
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A caminho de Dengbuche |
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Maravilha |
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Dengebuche, de um lado... |
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... e do outro |
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Dia de descanso |
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Só curtindo |
De Lobuche para Gorakshep e o
Acampamento Base do Everest (de 4.910 para 5.140 e 5.364 metros)
Esse seria o dia mais difícil até
agora: 8 horas de caminhada a mais de 5.000 metros de altura. De Lobuche
caminhamos por 2,5 horas até Gorakshep. Saímos cedo e chegamos lá as 10:00. A
Raquel já mostrava que estava quase no limite. Tomamos uma sopa e eu disse que
poderíamos ficar ali, descansar e no outro dia iriamos para o Acampamento Base.
Mas ela decidiu seguir para o Acampamento Base no mesmo dia. O caminho não é
fácil: você vai serpenteando, subindo e descendo pedras e mais pedras por 2,5
horas somente para ir. Depois, mais 2,5 para voltar. Sabia que não seria moleza
ainda mais para ela (até aquele momento eu não sabia que também estava quase no
limite).
O Acampamento Base é um amontoado
de pedras cheio de bandeirinhas coloridas no meio do glacial Khumbu que é
coberto de outras pedras monstruosas. A grandiosidade do entorno impressiona: é
o final do vale e início de algumas das principais e mais altas montanhas do
mundo. É dali que os super-humanos malucos começam a escalada do Everest. Chegamos
lá e depois de baixada a adrenalina, tirada todas as fotos, colocadas as
bandeirinhas e olhado o entorno, me emocionei muito junto com a Raquel. Foi sem
dúvida o lugar que mais me emocionou nessa e em outras viagens que fiz. Talvez
tenha sido pelo sonho realizado, talvez pela espera de 3 anos, talvez pelo
esforço de 8 dias de caminhada dura ou a combinação de tudo isso junto com a
noção de nós parecíamos formiguinhas naquela imensidão toda. Mas não foi nada
disso, quer dizer, nada disso foi o principal.
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O Acampamento Base (no meio da foto, de baixo para cima, antes do branco do glacial). Ampliando dá pra ver. |
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O Acampamento (de perto) |
Quando ainda estávamos no
caminho, faltavam uns 30 minutos e já podíamos ver o acampamento, paramos para
descansar um pouco e beber água e eu perguntei a Raquel se estava tudo bem. Ela
disse que estava muito cansada e que não estava vendo graça nenhuma naquilo
tudo. Sugeri então que voltássemos pois ainda tinha uma grande descida e outra
subida e ainda tínhamos que voltar. Se ela tivesse decidido voltar, voltaria
numa boa sem nenhum remorso por chegar tão perto e não ter ido realmente. Mas
ela decidiu seguir. E estar lá com ela depois de tudo e abraça-la foi a faísca
para tanta emoção, o resto foi combustível. Chorei lá, voltei chorando para
Gorakshep e estou chorando agora enquanto escrevo. O Acampamento Base do
Everest é o meu Everest, é o topo do meu mundo.
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A Emoção |
Ainda naquela noite decidimos não
seguir para a região de Gokyo conforme planejado e iriamos voltar para Lukla pelo
mesmo caminho. Não tínhamos forças para continuar pelo caminho mais longo nem
razões suficientes para nos encorajar.
De Gorakshep para Katmandu (de
5.120 para 1.400 metros)
Uma das primeira coisa que se
aprende quando se faz trekking é que chegar no seu objetivo é somente metade do
caminho. A volta normalmente é do mesmo tamanho da ida e não é por que é morro
abaixo que ela é tão mais fácil.
Depois de uma boa noite de sono
apesar do frio de quase 0º dentro do quarto, acordei no outro dia e me dei
conta do quanto cansado e exausto eu estava. Tinha dor de cabeça, náusea e
perda de apetite. Exatamente no dia de começar a descer comecei a sentir os
sintomas que a Raquel vinha sentido em toda a subida. Mas ainda tinha mais um
coisa a fazer: subir no Kalapatar, uma montanha ao lado da vila de onde se tem
a melhor vista do acampamento base e do Everest. O Kalapatar fica a 5.550
metros do nível do mar e 200 metros acima do acampamento base. Mas o dia
amanheceu cheio de nuvens e não fazia sentido subir para não ver nada. O
Kalapatar é como um prédio bem altar no meio de uma bela cidade: ele mesmo não
é uma atração, a atração é a cidade e nós já tínhamos ido na cidade, andado por
ela. Isso bastava.
Começamos a descer e depois de
duas horas chegamos em Lobuche (4.910m) e eu não aguentava mais dar um só passo.
A Raquel estava voltando a ficar melhor, o apetite voltava e o meu ia embora.
Quase não comi no almoço e seguimos morro abaixo. Depois de quase 5 horas de
caminhada chegamos a Pheriche (4.240m). Como descemos quase 1.000 metros a
promessa era de melhora de todos os sintomas da altitude. E foi isso mesmo.
Dormi quase 10 horas ininterruptas. Como tínhamos desistido de fazer o caminho
mais longo para voltar, tínhamos tempo para fazer uma descida mais tranquila do
que as outras pessoas que normalmente voltam em 3 dias. Nós voltamos em 5 dias.
De Pheriche fomos para Tengboche (3.860m), a vila do monastério. Mas uma vez
fui acompanhar as preces do monges e novamente me senti muito bem. É um
ambiente de muita paz e tranquilidade. Depois voltamos para Namche (3.440m),
onde realizamos nosso desejo de comer doce (comemos torta de maça e bolo de
chocolate) e de tomar banho de novo. O último banho de verdade tinha sido
exatamente aqui durante a subida há 8 dias atrás. Foram 8 dias tomando somente banho
de gato. Bati meu recorde, para sempre. No outro dia descemos para Padking e
depois Lukla onde ficamos aguardando o voo para Katmandu. Foram três dias praticamente
descansando, andando em um ritmo bem lento sem presa para nada. Acho que
batemos o recorde de lentidão para descer. Mas foi bom aproveitar um pouco mais
da paisagem e da vida local que segue em um ritmo próprio e único. No Domingo
voamos para Katmandu bem cedo e fiquei do avião olhando as montanhas, agora de
longe, e tentando reviver, gravar, para nunca mais esquecer a experiência. Como
se isso fosse possível.
Namaste.
Valeu.
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